Paulo Guedes e Ronaldo Caiado (Foto: Divulgação)

Após participar do 3º Fórum de Governadores na manhã desta quarta-feira (20), o governador Ronaldo Caiado (DEM) defendeu que a questão da Reforma da Previdência seja um esforço conjunto entre União, Estados e municípios, com o objetivo de garantir que a aposentadoria chegue aos trabalhadores. “Não é só a União. Estados e municípios são os grandes empregadores e precisam estar contemplados”, sustenta. 

Atualmente, segundo o governo, Goiás possui um dos maiores déficits do país, e supera os outros estados da região Centro-Oeste. Caiado destacou o processo de securitização e a alíquota extraordinária, que proporcionará cobranças proporcionais sobre quem ganha mais e dar proteção a quem ganha menos. 

“Sabemos que essa matéria vai passar por um tempo grande entre uma Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), comissão especial, até receber uma quantidade enorme de emendas. Nós temos que tratar aqui qual é o sentimento dos governadores, naquilo que realmente pode aliviar a vida dos governadores neste momento, seja o processo de securitização. O nosso foco tem que ser um plano de emergência para que os Estados saiam dessa situação em que eles se encontram”, afirma. 

Caiado afirma que ainda vai estudar o texto da Reforma da Previdência entregue ao Congresso pela equipe econômica do Presidente Jair Bolsonaro nesta quarta-feira (20). “Nós vamos sugerir alguns pontos até o dia 19 de março e o Congresso Nacional vai estabelecer os critérios que são definidos pelo regimento interno. É uma emenda constitucional,e nós sabemos que teremos muitas discussões pela frente, e caberá aos governadores acompanhar os temas que dizem respeito ao nosso Estado. A preocupação hoje é levarmos adiante aquilo que está na mesa da Câmara dos Deputados”, argumenta. 

Caiado afirma que o país não pode tomar decisões erradas neste momento, e que a Venezuela, país vizinho mergulhado na maior crise de sua história, é exemplo de um colapso econômico. 

“O que cabe neste momento são teses responsáveis. Eu, como governador do Estado, irei apresentar toda a nossa realidade, onde hoje Goiás é obrigado a desfalcar R$ 200 milhões no final de cada mês só para tampar o buraco da previdência”, pontua.

Ronaldo Caiado disse ainda que acha fundamental resolver a questão previdenciária de imediato. “Não adianta nós querermos um processo para daqui cinco anos sendo que os atuais governadores estariam cem por cento excluídos até de uma condição de governabilidade”, disse.

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