Caiado durante lançamento da Campanha da Fraternidade 2020 (Foto: Lucas Dienes)

O Governo de Goiás informou nesta quarta-feira (26) que vai adiar a inauguração oficial da Policlínica da cidade de Posse, no norte goiano. A solenidade estava marcada para esta semana, mas teve de ser cancelada porque o presidente Jair Bolsonaro não poderia comparecer. O atendimento aos pacientes, porém, já começa na segunda-feira (2). A nova data para inauguração ainda não foi definida.

Durante o lançamento da Campanha da Fraternidade 2020, cujo tema é “Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso”, o governador Ronaldo Caiado (DEM) disse que quer dar o nome de Irmã Dulce à primeira policlínica do estado.

“Irmã Dulce estará eternizada, no Nordeste goiano, divisa com Bahia e Tocantins, em uma policlínica que fará justiça ao seu nome. Vamos honrá-la por meio do tratamento que daremos às pessoas mais pobres e humildes do Estado de Goiás. Este é o diferencial que quero deixar: mostrar que se pode fazer a boa política. O povo não pode ficar dependendo do humor de seus governantes”, destacou Caiado.

O projeto, segundo o governador, já tramita pela Assembleia Legislativa e pode ser aprovado já no início da próxima semana.

Irmã Dulce foi lembrada na solenidade nesta quarta-feira (26) pelo tema da Campanha, a passagem da parábola do Bom Samaritano, “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lucas, 10:33-34).

Beatificada em 2011 e canonizada em 13 de outubro de 2019, pelo Papa Francisco, Irmã Dulce, a Santa Dulce dos Pobres, tornou-se um exemplo emblemático do que é ser cristão, com suas ações de caridade e missão evangelizadora. Na avaliação de Dom Washington, nada mais justo que a Campanha da Fraternidade deste ano fosse um ato de amor e devoção à irmã Dulce dos pobres.

“Fui pároco dela por 10 anos, em que convivia com ela quase diariamente, quando atuávamos no projeto social que ela tinha em Camaçari (Bahia). Uma mulher cheia de Deus e dando concretamente o testemunho do evangelho, testemunho do amor, a cada pessoa que se aproximava dela. Apesar do imenso sofrimento físico, tendo que usar balão de oxigênio, essa mulher franzina e enferma tornava-se gigante. O Anjo Bom da Bahia, ou melhor dizendo, o Anjo Bom do Brasil”, disse em seu discurso, sob aplausos.