(Foto: Assessoria / Ronaldo Caiado)

Em entrevista exclusiva à Sagres 730 nesta sexta-feira (3), o governador Ronaldo Caiado (DEM) defendeu a reforma administrativa que encaminhou ontem à Assembleia Legislativa, disse que o governo participará da transição do atual modelo de transporte coletivo da região metropolitana de Goiânia e mostrou impaciência com a demora do governo federal de encaminhar ao Congresso Nacional o projeto da lei de equilíbrio fiscal para os Estados.

Caiado revelou que telefonou nesta quinta-feira (2) para o ministro da Economia, Paulo Guedes, para cobrar a promessa de ajuda. Ele contou que o ministro tinha prometido encaminhar o projeto do Programa de Equilíbrio Fiscal (PEF) no início de abril ao Congresso nacional, para aprovação até o fim do mês. Se esse cronograma fosse cumprido, o Estado teria condições de receber a primeira parcela de ajuda já em maio, o que não aconteceu.

“Ele [Paulo Guedes] não me falou ontem que tem uma nova data. Eu disse a ele que realmente essa situação não tem como mais ser procrastinada, por que nós cumprimos, os governadores que fizeram a tarefa de casa, esperavam também, que o governo federal cumprisse com compromisso de mês de abril”. Caiado observou que o Estado não pode buscar empréstimo no mercado, porque está com nota C no ranking da Secretária do Tesouro Nacional (STN). “O Estado tem o seu CPF cassado”, disse para explicar as consequências dessa nota.

O governador questionou também o fato de uma emenda constitucional, proposta pelo então governador Marconi Perillo e aprovada pela Assembleia, estabelecer metodologia diferente da exigida pela STN a respeito comprometimento da receita corrente líquida do Estado com pagamento de pessoal. “Entrei no governo descumprindo a Lei de Responsabilidade Fiscal dentro de uma interpretação que o governo [federal] tem, que é uma que insere Imposto de Renda e pensionistas e, outra, que é do Estado de Goiás, que não insere. Tinha que escolher o por onde você ia ser processado, não tem escapatória”. Ele observou que foi por esse motivo que decretou estado de calamidade pública

Questionado o que fará agora, diante da incerteza da ajuda do governo federal, Caiado afirmou que os governadores vão se reunir dia 8 com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e Rodrigo Maia (DEM-RJ) e depois terão reunião com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Novamente o governador voltou a mostrar sua “indignação” com a decisão da Superintendência Regional do Trabalho (SRT) de interditar o Hospital Materno Infantil (HMI): “Onde está este poder? O que eles acham que são?”. Na quinta-feira, o governador afirmou que a decisão chegava a “ser criminosa”

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