Questionado sobre as declarações públicas e recados enviados por deputados e presidentes de partido, o governador Ronaldo Caiado (UB) garantiu ontem em entrevista coletiva que vai atender a todos os partidos que formalmente apoiaram a campanha à reeleição em 2022. Dirigentes partidários aguardam desde novembro do ano passado o início das conversas sobre reforma administrativa e ocupação de cargos, mas os contatos foram prejudicados pela cirurgia cardíaca a que o governador foi submetido.
Já com a reforma aprovada e sancionada, foi intensificada a pressão para que os partidos aliados tenham estrutura, com vistas às disputas de 2024 e 2026. Caiado antecipou nesta segunda-feira (27) que vai se reunir com os presidentes do PSD, Vilmar Rocha, e do Progressistas (PP), Alexandre Baldy, além do ex-deputado federal Delegado Waldir (UB). Os três foram os candidatos governistas ao Senado em 2022. “Vou atender todos que compuseram a chapa”, afirmou o governador.
A declaração foi dada à imprensa durante evento de posse do secretário de Infraestrutura de Goiânia, Denes Pereira, como presidente do Solidariedade em Goiás. Ao contrário do interesse dos aliados, o governador não mostrou pressa em realizar trocas em cargos de primeiro escalão. “A reforma administrativa se dá com muita tranquilidade, até porque, eu não entrei no governo agora, eu continuei no governo”.
Estrutura
O projeto de reforma, aprovado pela Alego e sancionado pelo governador, criou apenas as secretarias de Infraestrutura (Seinfra) e do Entorno do Distrito Federal (Sedf). O titular nomeado para a Seinfra foi Pedro Sales, que acumula o cargo com a presidência Agehab.
Disputa aberta
A questão mais latente na base é a ocupação da Secretaria do Entorno. Seguem cotados e interessados o presidente regional do Republicanos e ex-prefeito de Águas Lindas, Hildo do Candango, deputado federal Célio Silveira (MDB) e a ex-deputada federal pelo DF, Flávia Arruda.
Articulação
Caiado atendeu o Solidariedade, com a Secretaria de Governo, agora chamada de Secretaria de Relações Institucionais. Já trabalha no cargo o ex-deputado federal Lucas Vergílio.
Nada feito!
O governador vetou o projeto que previa pagamento de bolsa-arma para mulheres vítimas de violência. A proposta teve autoria do deputado Major Araújo (PL) e foi aprovada pela Assembleia Legislativa.
Motivos
A justificativa do veto aponta que, para o Comando-Geral da Polícia Militar, “é raso e temerário o argumento de que a colocação de armamento nas mãos de mulheres vítimas de violência lhes trará segurança”.
Isolado
Já a Delegacia-Geral de Polícia Civil reforçou que “a sugestão de veto total com o argumento de que a proposta legislativa foi realizada sem quaisquer estudos ou orientações de entidades que lidam com violência doméstica ou de gênero”.
Autorizado
Já a proposta que obriga os Centros de Formação de Condutores a adaptarem ao menos um veículo para o aprendizado de pessoas com deficiência física foi sancionada. A proposta teve aval da Alego e autoria do deputado Karlos Cabral (PSB).
Como fica?
De acordo com o texto, as autoescolas têm prazo de 90 dias, após a publicação da Lei, para providenciarem o veículo adaptado. “Em caso descumprimento, pode ocorrer advertência, multa de um salário mínimo e até a suspensão do alvará de localização e funcionamento”.
Cancelado
A Secretaria Estadual de Saúde encerrou em definitivo o contrato com a Organização Social Centro Hospitalar de Atenção Emergências Médicas (Instituto Cem), que realiza a gestão do HUGO (Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz).
Problemas…
Em novembro do ano passado, o Ministério Público de Goiás (MPGO) apontou irregularidades no processo de qualificação do instituto. A secretaria aponta que o encerramento se deve “à vedação da prorrogação contratual imposta pela nova lei de licitações e contratações administrativas”. Por conta da regra, “a pasta não pode assinar Termo Aditivo ao contrato de gestão com o Instituto CEM”.
Manifestação
A Associação Comando de Luta pela Educação de Aparecida de Goiânia, entidade sem vínculo com o Sintego, organiza novos protestos para a frente da Prefeitura de Aparecida de Goiânia. As manifestações estão marcadas para a próxima quarta-feira (01).
Troca
Este será o primeiro ato da classe durante o mandato do prefeito Vilmar Mariano (Patriota), depois de seguidos atos na gestão do ex-prefeito Gustavo Mendanha (Patriota). Sem sucesso, os professores buscam pagamento de titularidade, das progressões, cumprimento de quinquênio, além de licença prêmio e por interesse particular.
