A chamada janela partidária, prazo que candidatos tem para trocar de partido para concorrer às eleições, se encerrou no último sábado, dia (2). Vários nomes migraram de sigla para disputar o pleito de 2022, um deles é o do deputado estadual Eduardo Prado, que chegou a se filiar ao PSD, mas nos últimos minutos acabou trocando a sigla pelo PL.

O motivo: segundo o deputado, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) ao ver o seu nome no PSD teria vetado a sua candidatura. Em entrevista à Sagres nesta quarta-feira (6) Prado afirmou que já tinha acordo com o presidente da sigla em Goiás, Vilmar Rocha, e que foi impedido pelo governador.

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Ouça ““Caiado vetou meu nome no PSD,” diz Eduardo Prado. Partido afirma que motivo foi outro” no Spreaker.

“Fui convidado para ir ao PSD pelo senador Vanderlan Cardoso e pelo ex-deputado e presidente do partido Vilmar Rocha, com quem conversei pessoalmente. Na reunião, disse quais seriam minhas condições, de não apoiar Ronaldo Caiado, e ele me deu todas as garantias. Ou seja, o PSD já sabia da minha posição de não ser aliado do atual governador.”

“Depois da minha filiação, Ronaldo Caiado nos bastidores, de uma forma arbitrária, atropelou o presidente da sigla e vetou o meu nome no PSD, inclusive ameaçando a candidatura de outros candidatos, determinando quem fica e quem sai” afirmou Eduardo Prado.

Quem também falou sobre o assunto à reportagem da Sagres foi o presidente metropolitano do PSD, Simeyzon Silveira, onde afirmou que o motivo da desfiliação de Prado teria sido divergências de caminhos políticos, e que não houve a interferência de Caiado.

“O momento de filiações partidárias é sempre muito melindroso, pois em um partido político ninguém fala por si só. Admiro muito o deputado Eduardo Prado, mas ele tem um caminho político diferente dos traçados pelo PSD, o que não seria um cenário confortável para ambos os lados.”

“O PSD não faz parte do governo, não temos cargos, estamos trabalhando a formação das nossas chapas, sendo que todas as decisões referentes a nomes são tomadas em conjunto. Sendo assim, nossas são tomadas sem a participação do governador,” revela Simeyzon.

Confira a entrevista completa:

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