Desde a adoção do Protocolo de Montreal em 1987, que visava a preservação da camada de ozônio e abordava questões de clima, natureza e poluição, esforços significativos têm sido feitos para proteger essa camada vital. Cientistas alertaram sobre os danos causados por substâncias tóxicas como aerossóis, espumas, refrigeradores e aparelhos de ar-condicionado.
O aquecimento global e o derretimento das geleiras estão entre as principais causas do aumento do nível dos oceanos, que tem subido em média 2,4 mm por ano. Segundo o professor Paulo Artaxo, especialista em mudanças climáticas do Instituto de Física da USP, essa elevação está relacionada ao aumento da temperatura global e ao derretimento das geleiras do Himalaia e dos Andes, e não está diretamente conectada ao buraco na camada de ozônio.
A preservação da camada de ozônio é considerada uma das grandes conquistas ambientais da humanidade, “apesar de ainda precisar de décadas para recompor os níveis registrados na década de 50”, avalia o especialista. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) desempenhou um papel crucial nesse processo, resultando na eliminação de cerca de 99% das substâncias que degradavam a camada de ozônio.
Desafios
De acordo com o professor Artaxo, é esperado que a camada de ozônio retorne aos níveis de antes dos anos 1980 até 2060. No entanto, mesmo que o aquecimento global seja controlado, a completa eliminação dessas substâncias do ambiente pode ser desafiadora.
O importante é que a preservação da camada de ozônio e a proteção ambiental são possíveis com um futuro sustentável. Isso envolve a eliminação da exploração de combustíveis fósseis, o combate ao desmatamento e a promoção de mudanças na geração de eletricidade sem emissão de gases de efeito estufa, garantindo um futuro melhor para a humanidade.
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 13 – Ação Global Contra a Mudança Climática
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