Um convite à reflexão sobre o que é invisível aos olhos da sociedade no Centro de Goiânia. Uma caminhada pela região que busca dar visibilidade aos que foram invisibilizados pelo cotidiano. Quais cenários são inexplorados? Quem segue encoberto pela névoa do dia a dia e quais assuntos são esquecidos?

Estes são apenas alguns dos objetivos da 15ª edição da Deriva do Bem. A iniciativa acontece nesta sexta-feira (23) e sábado (24) no Setor Central. O evento abre às 19h30 desta sexta-feira (23) com um bate-papo, no Centro Cultural da UFG, localizado na Praça Universitária, com a participação do Arquiteto e Urbanista, Rafael Tavares. Clique aqui para se inscrever

A Deriva do Bem visa ainda promover o encontro dos participantes com Goiânia e com as pessoas que a habitam. Segundo a organização, trata-se de um estímulo à reflexão, à experiência e à memória. A ação propõe ainda um mergulho na cidade, promovendo a construção de novas memórias afetivas, o amadurecimento da consciência na relação corpo-cidade e o desenvolvimento do olhar.

No sábado (24), o ponto de encontro é no Beco da Codorna, às 9h da manhã, na Avenida Anhanguera com Tocantins, atrás do Cine Ouro. Já o encerramento é no Tô Bar, na Rua 20, às 12h30.

Imagem: UFG

O projeto

O projeto surgiu como uma disciplina optativa no curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Goiás (UEG) em 2008. No entanto, seu alcance e desdobramento fizeram com que, desde 2012, se tornasse um projeto de extensão da Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás (FAV/UFG).

Segundo a UFG, contudo, a ideia é simples e explica o nome do evento: convidar as pessoas para caminhar pela cidade de Goiânia, à deriva, muitas vezes sem um roteiro preestabelecido, para vê-la com mais atenção e cuidado.

Além disso, a participação é gratuita, porém, solicita-se a doação de leite aos participantes. As doações terão como destino uma entidade que apoia o trabalho de recuperação de pessoas em situação de vulnerabilidade nas ruas de Goiânia.

Coordenado pelo professor Bráulio Vinícius Ferreira e pelo egresso do curso de Arquitetura e Urbanismo da FAV, Altillierme Carlo, porém, o projeto de extensão ao longo desses 10 anos contou com dezenas de colaboradores, estudantes de arquitetura de várias universidades, arquitetos, professores, engenheiros, advogados e psicólogos, que juntos formaram um grupo multidisciplinar. A diversidade possibilita lançar olhares heterogêneos para a cidade de Goiânia, agora de uma forma mais atenta e observadora.

Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) ODS 10 e 11 – Redução das desigualdades e Cidades e comunidades sustentáveis, respectivamente.

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