Sagres Em Tom Maior #328 apresenta nesta terça-feira (10) o nono episódio da série Caminhos da Sustentabilidade sobre o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 8 (ODS 8 – Trabalho Decente e Crescimento Econômico) da Agenda 2030 da ONU. O tema tem foco na meta 8.9 deste ODS, que estabelece a elaboração e implementação de políticas para promover o turismo sustentável, gerador de empregos e que promove a cultura e os produtos locais, como explica o professor especialista em Economia, Luiz Carlos Ongaratto.

“O Turismo Sustentável é aquele que tem a ver com a preservação do meio ambiente; tem a ver com a preservação da cultura. Goiânia, por mais que não seja centenária como as outras capitais, ela tem também um circuito cultural que atrai turistas de outras cidades, estado e até mesmo de outros países. Outras cidades mais antigas e mais tradicionais do nosso estado como Goiás e Pirenópolis. Também temos o turismo de natureza, de aventura, turismo nos parques ecológicos, e tudo isso faz gerar emprego, localmente, e preservar a cultura”, exemplifica. Confira a seguir

Segundo Ongaratto, um dos desafios para implementação do Turismo Sustentável é a criação de políticas públicas voltadas para o setor, e fazer com que o turista brasileiro gaste o seu dinheiro dentro do próprio país.

“Muito do nosso dinheiro do Turismo é gasto lá fora. Isso causa um problema até em nosso balanço de pagamentos, porque a gente gasta muito mais dinheiro fora do Brasil do que dentro com o Turismo. Quando a gente fala de Turismo, a gente fala de criação e manutenção de estruturas, manutenção cultural e da promoção para essas pessoas, fazer conhecer tudo aquilo que é de bonito dentro do nosso estado, por exemplo”, afirma.

O especialista em Economia esclarece que o Turismo Sustentável funciona como uma cadeia, e que os empregos não estão apenas na hospedagem, nas agências e empresas de viagem.

“Quando a gente fala de um Turismo Sustentável a gente fala também de gerar emprego para a preservação cultural e também dos ecossistemas. Isso são ativos econômicos imensuráveis. Não há como precificar, por exemplo, o valor do Cerrado, da Amazônia, da Caatinga, dos Pampas, enfim. Não há como mensurar esse valor porque ele vale muito mais do que o valor do próprio território, em que se tem como gerar riquezas”, conclui.