Sem chuvas há 56 dias, a vazão do Rio Meia Ponte, em Goiânia, chegou a 4.168 litros/segundo nesta segunda-feira (10/8), quando o ideal seria acima dos 6 mil l/s. O manancial de abastecimento já está no nível crítico 1. A Bacia do Rio Meia Ponte é responsável por abastecer a capital e a Região Metropolitana.

Leia também: Para evitar racionamento, superintendente pede uso consciente de água durante período de estiagem

O nível crítico 1 acende um alerta para a população, que deve economizar água, segundo a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). A situação atual já se aproxima do nível crítico 2, quando a vazão está em 4 mil l/s. Nesse caso, é feita a redução de 25% das vazões captadas, menos a Saneago. Se a situação ficar pior (nível crítico 3), a redução é de 50% e inclui a Saneago.

A estiagem tem impactado diretamente na vazão, que está 40% menor do que no mesmo período do ano passado. Em abril de 2020, o índice pluviométrico foi de 160 milímetros e este ano foi de 139 mm. As chuvas torrenciais registradas no período foram concentradas e não resolveram o problema porque tem menor absorção do solo. A precipitação de abril foi a menor dos últimos seis anos.

E a notícia para os próximos dias não é nada animadora. A previsão do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo) indicava chuva para o dia 17 de agosto, mas tem vento em altos níveis e massa de ar seco bloqueando a entrada de frente fria em Goiás.

Setembro pode ter pancadas de chuvas isoladas, mas o período chuvoso mesmo só deve firmar na segunda quinzena de outubro. Só que em Goiás além da expectativa por chuva, ainda é preciso torcer para chover no lugar certo, na cabeceira do Meia Ponte, nas cidades de Inhumas e Itauçu.