O Atlético Goianiense, no último domingo (13), conquistou o 13° título goiano da sua história, ao bater o até então invicto Goiás, com gol aos 48 minutos do segundo tempo em um jogo recheado de emoções. Assim como todo título, a conquista de 2014 foi bastante comemorada por torcedores e funcionários do Dragão, porém, com um gosto ainda mais especial. A taça coroou um trabalho direcionado por um planejamento completamente novo dentro do clube e que ainda não havia convencido torcida e a própria diretoria.

O título teve também extrema importância para o técnico Marcelo Martelotte, que vinha tendo seu trabalho à frente do Dragão questionado em alguns momentos, mas acabou se tornando peça fundamental da conquista. Com isso, ele ganha força e autonomia no cargo de treinador e entra no Campeonato Brasileiro da Série B, respaldado pela diretoria, pelo grupo de jogadores e com a confiança e o aval da torcida.

Ainda vivendo os dias de glória proporcionados pela conquista, Marcelo Martelotte compareceu aos estúdios da Rádio 730 e participou do programa Debates Esportivos, comandado por Rafael Bessa. Juntamente com a presença dos comentaristas Ledes Gonçalves, Charlie Pereira e Marcelo Borges, o técnico debateu vários temas e, como não poderia faltar, como estão os dias no Atlético pós-título e mudança de ambiente proporcionada pelo título:

“Foi uma conquista muito importante, precisávamos muito dela. Mas a comemoração mesmo durou no domingo e na segunda, quando tivemos folga. A partir da terça-feira estava previsto iniciar os trabalhos para o Brasileirão Série B, que já começa nesse fim de semana. A taça deixou todo mundo muito mais feliz, o clima entre os jogadores está excelente para a sequência, onde temos que voltar os pés no chão porque é daqui em diante é um novo começo”, analisou.

Com a taça nas mãos, o Campeonato Goiano nem sempre foi de flores para o Dragão. Pelo contrário, já que o time viveu grandes instabilidades durante a primeira fase, onde somou cinco derrotas em 14 jogos e viu sua participação na final ser ameaçada várias vezes. Após a campanha que terminou de maneira vitoriosa, o técnico relembrou as dificuldades vividas no Campeonato Goiano, competição que era inédita em sua carreira, e nos primeiros meses de seu trabalho no rubro-negro:

“Era um trabalho começando do zero, com a necessidade de remontar um elenco todo, encaixar as peças e em cima disso ir crescendo durante a competição. É lógico que nesse tempo passamos dificuldades e sofremos derrotas duras, que sentimos muito, mas que nos fez crescer. Garanto que nunca trabalhei diferente por me sentir ameaçado, nunca abandonei minhas convicções. Confiei no que estava sendo colocado e tive as respostas na partida contra a Anapolina, em Anápolis, jogo que foi fundamental para gente, e durante as finais”.

Mesmo vencendo o Goiás, consequentemente o campeonato, apenas no último minuto da última partida, o técnico comentou também que a conquista não veio de uma hora para outra. “Apesar de toda a emoção daquele gol no último minuto, a vitória foi construída durante toda a competição. Naquele partida em especial nós nos superamos, buscamos o título o tempo todo, não ficamos atrás. Nos três jogos contra o Goiás tivemos uma postura bem interessante e em especial no último jogo merecemos vencer”, comentou.