(Foto: Johann Germano/Sagres Online)
O governo de Goiás publicou, nesta terça-feira (31), uma cartilha com informações atualizadas do decreto que determina o isolamento social em Goiás e reforça quais os estabelecimentos podem permanecer abertos e aqueles que devem manter as portas fechadas até o tempo preliminar de 4 de abril. Coincidentemente, a cartilha foi divulgada em um dia onde os prefeitos de Acreúna, Pontalina e Caçu iniciaram um movimento para retomada da abertura de alguns estabelecimentos comerciais.
A publicação traz, além das informações sobre o funcionamento dos diversos tipos de estabelecimentos, as regras que devem ser observadas pelas empresas que permanecem abertas para a proteção dos funcionários e clientes, e os tipos de eventos que estão proibidos no Estado. Atualmente, as restrições previstas pela quarentena têm validade até o dia 04 de abril, enquanto o estado de calamidade pública no Estado, decretado pela Assembleia Legislativa de Goiás, permanece até o dia 31 de dezembro de 2020.
Confira o que é permitido e não é permitido funcionar neste período de isolamento: Desde o dia 17 de março, os shoppings, camelódromos e galerias comerciais não tem permissão de funcionar. A decisão inclui a região da Rua 44. Alguns destes espaços tem sido utilizado para a realização da primeira etapa de vacinação contra o H1N1.
O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) em Goiás, Fernando Jorge, inicialmente havia destacado que a medida levaria várias empresas a fechar as portas e que a associação estava preocupada com os empresários e funcionários pelos próximos dias. Após uma reunião com o governador Ronaldo Caiado, o tom ainda é de preocupação, mas Fernando Jorge compreendeu a situação.
A Enel Brasil deve suspender o corte de energia para os consumidores durante um período da paralisação das atividades econômicas por conta da crise sanitária do novo coronavírus. Além das contas de energia, a Saneago também não interromperá o fornecimento por atraso de pagamento neste período. A Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg) pediu aos governos estadual e municipal que reduzam, provisoriamente, impostos para os setores da economia goiana que venham a sofrer com queda nas vendas acima de 70%. O presidente da entidade, Rubens Fileti, detalhou à Sagres 730 que a ação foi após receber uma grande quantidade de associados que tiveram uma “queda vertiginosa no faturamento”.
Ronaldo Caiado (DEM) foi ao Twitter no início do período de isolamento para pedir que cultos, missas e eventos ligados a igrejas fossem suspensos por conta do novo coronavírus. Um decreto de Jair Bolsonaro incluiu as celebrações como um serviço de utilidade pública. Liminares determinaram a suspensão. Várias entidades cristãs manifestaram apoio ao isolamento e condenaram as decisões do presidente.
Desde o início do mês de março, os organizadores começaram a anunciar em todo o Brasil o adiamento ou cancelamento dos shows. Em Goiânia, os shows de Raimundos, Roberto Carlos, Martinho da Vila, Nando Reis, Maria Rita e outros terão novas datas anunciadas. A tradicional Festa a Fantasia também terá nova data. No mundo do futebol, atendendo uma determinação da Confederação Brasileira de Futebol, a Federação Goiana suspendeu o Campeonato Goiano há duas rodadas do fim da primeira fase. Outras federações seguiram a mesma decisão em outras modalidades. Os jogos da Conmebol também foram suspensos pela Libertadores, Sul Americana e demais competições de base.
Além das feiras livres, eventos de exposição também estão suspensos. A Pecuária de Goiânia e a TechnoShow de Rio Verde tiveram o adiamento confirmado pela organização dos eventos.
A prefeitura de Goiânia declarou estado de emergência na saúde e suspendeu as visitações em seus espaços públicos de lazer. Locais como o Mutirama, Zoológico, Clubes e parques tiveram as visitações suspensas.
O setor de turismo está praticamente paralisado. Além dos cancelamentos de vôos por parte das companhias aéreas, os hoteis, pousadas e alojamentos estão proibidos de receber hóspedes. A prefeitura de Pirinópolis reforçou esta determinação em um decreto publicado pela administração municipal. Em algumas cidades pelo mundo, eles estão sendo utilizados como espaço para recuperação de pacientes com sintomas leves da COVID-19
Teleoperadores de empresas de telefonia protestaram em Goiânia. O motivo é o temor dos profissionais pela disseminação do novo coronavírus dentro das centrais de atendimento. O Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações no Estado de Goiás (Sinttel-GO) publicou um material informativo, o “Orelhinha”, pedindo a suspensão de 50% das atividades nos callcenters “tendo em vista o risco eminente de vida, dando aos trabalhadores férias coletivas como orienta o documento emitido pelo Governo Estadual.
Para preservar a população carcerária em Goiás as visitas íntimas estão suspensas. A decisão permanecerá enquanto o decreto de isolamento social ter validade. A Secretaria de Segurança Pública de Goiás, por meio da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), informa que, “como medida de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública diante da pandemia do novo coronavírus (COVID-19), as visitas e a entrega particular de alimentos e produtos de higiene (cobal) aos detentos de todas as unidades prisionais do Estado.
Nos primeiros dias de isolamento social, a população goianiense foi as prateleiras dos supermercados e comprou além do necessário sob o pavor do desabastecimento. Em entrevista à Rádio Sagres, o presidente da Associação Goiana de Supermercados (AGOS), Gilberto Soares, afirmou que não há risco de desabastecimento das unidades em Goiás e os estoques estão sendo repostos a medida do possível. Soares faz alerta as consequências do comportamento dos consumidores neste início de isolamento.
O transporte público está funcionando normalmente na região metropolitana de Goiânia. O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) determinou que os transportes interestaduais de passageiros entre estados com casos de Covid-19 em Goiás sejam suspensos. A medida atendeu o pedido do Governo Estadual e foi tomada um dia após a suspensão do o art. 2º, do Decreto n. 9.638/2020.
Líderes do Fórum das Entidades Empresariais de Goiás se reuniram com o governador Ronaldo Caiado para discutir a manutenção das atividades produtivas diante da crise pandêmica. No encontro, ficou determinado o fechamento das indústrias em Goiás, com exceção daquelas ligadas às cadeias produtivas de alimentação, farmacêutica e de segurança.
A Polícia Civil segue atendimento diferenciado durante este período de isolamento. Os casos de homicídio, feminicídio, remoção de cadáver, furto e roubo de veículo e autos de prisão em flagrante estão sendo realizados normalmente nas unidades policiais. A portaria que desaconselha o comparecimento nas delegacias da polícia civil, em caso de ocorrências de menor gravidade, faz parte de um conjunto de ações adotadas pela Secretária de Segurança Pública em prevenção ao coronavírus. A delegacia virtual pode ser acessada através do site policiacivil.go.gov.br e o telefone 197 também pode ser utilizado em caso de necessidades.
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