Bosque dos Buritis: concepção na origem da cidade

O Buriti, uma palmeira típica no Cerrado Goiano, emprestou seu nome para um pulmão verde formado logo no início de Goiânia. O Bosque dos Buritis está previsto no plano original de Goiânia (1933-1935), de Atílio Corrêa Lima, e permanece vivo no coração da cidade, sendo um símbolo de integração entre a natureza e o homem.

O parque é cercado por diferentes espécies de árvores, lagos, e alguns cursos d’água. E conta com a visita frequente de pessoas que trabalham na região e utilizam a área como trajeto ao trabalho. Nos fins de semana, atividades como yoga, caminhada, e a visitação de famílias tomam conta do local.

O bosque também é bastante frequentado por moradores que o utilizam para passear, desfrutando de interação com a natureza, além de ser um espaço para praticar exercícios físicos.

Para o visitante do Bosque dos Buritis, além da prática de atividades físicas, no local também vale contemplar a natureza, com flora típica do cerrado, lagos, fontes e cascatas.

Os lagos do parque são interligados por um canal construído com pedras assentadas, que formam várias pequenas cachoeiras no interior do Bosque. Ao lado deste canal estão as principais trilhas e locais de contemplação natural.

As nascentes do Córrego dos Buritis, catalogadas até o presente, concentram-se na região dos Clubes da Engenharia e dos Oficiais, no setor Marista, no Tribunal de Justiça, no Setor Oeste e dentro do próprio Bosque. Após o Parque, o Córrego dos Buritis segue canalizado até cair no Córrego Capim Puba.

Também é possível levar as crianças para brincarem nos playgrounds existentes, visitar o Centro Livre de Artes (que oferece aulas de artes, música e dança gratuitamente) e o Museu de Arte de Goiânia, além de participar de eventos oferecidos gratuitamente.

Outras duas obras que chamam aos olhos os visitantes são: o Monumento à Paz Mundial, que abriga terras provenientes dos mais diversos países e uma Fonte que a água chega a atingir 50 m de altura.

(Foto: Rubens Salomão)

Origem

A criação efetiva do Bosque dos Buritis, originalmente Parque do Buriti, foi aprovada no Decreto Lei Nº 90-A, de 30 de julho de 1938, juntamente com os Setores Norte, Central, Sul e Oeste.

A presença do Buriti indica a existência de água. Os dados históricos registram que o urbanista Atílio Corrêa Lima já indicava a criação do parque em uma região de buritizal. 

A previsão já era para que tivesse um trabalho de drenagem, conduzindo as águas para o talvegue, em canal descoberto para pequenos lagos decorativos, semelhante ao que se vê hoje no local.

O conceito é o que os americanos denominam “Park-Way”. Um destes exemplos é o Central Park, em Nova York.

(Foto: Rubens Salomão)

Perda de área 

Quando foi proposto, no Plano Original da cidade em 1933, o Bosque dos Buritis foi previsto com uma área de 400.000 m², restando hoje, cerca 124.800 m² e apenas 10% de sua mata nativa. 

Atualmente a área do bosque inclui o antigo prédio da Assembleia Legislativa de Goiás, o Museu de Arte de Goiânia e o Centro Livre de Artes da Prefeitura, que estão em seu interior.

A descaracterização da área iniciou-se desde a ocupação da cidade, no final da década de 30 intensificando na década de 40, quando ocorreram os primeiros cortes com a doação de suas extremidades, feita pelo Governo do Estado aos colégios Atheneu Dom Bosco e Externato São José.

Na década de 1960, as primeiras apropriações do entorno também contribuíram para a degradação da área verde. Uma delas foi uma feira livre, que junto aos moradores das imediações, despejavam lixo ou realizavam queimadas nos capinzais nos períodos de seca.

O prédio onde funciona o Museu de Arte de Goiânia foi construído para a instalação do Hospital dos Funcionários da Prefeitura, no entanto, não foi ocupado. 

Nos anos 1970 foram instalados no local dois órgãos: a sede da Superintendência das Obras de Pavimentação Asfáltica da Capital (PAVICAP), e um edifício da COMURG que servia de almoxarifado para os funcionários responsáveis pela limpeza do local e de seu entorno.

Depois, o prédio foi adaptado para servir como museu e funciona até hoje juntamente com o Centro Livre de Artes. 

Na década de 1990, já na gestão do prefeito Nion Albernaz, foram executadas algumas obras no Bosque dos Buritis, melhorando a infraestrutura da área incluindo a despoluição do córrego. Foi feita ainda a reforma do alambrado do perímetro do Parque, do tanque de dissipação de energia das águas que saem do lago da Assembleia Legislativa para as galerias pluviais e a instalação da fonte.

Já na década de 2000, houve outra intervenção na infraestrutura do Bosque, em que o calçamento externo foi substituído e a pista de caminhada e corrida foi alargada para três metros.

(Foto: Rubens Salomão)

Tombamento 

O Bosque dos Buritis é tombado pelo Patrimônio Público Municipal. Em 1994, o Decreto nº 2.109 de 13 de setembro (Diário Oficial do Munícipio de 22 de setembro) efetivou o tombamento do Bosque dos Buritis juntamente com outras áreas verdes Bosque do Botafogo, Jardim Botânico, Cabeceira do Areião e Lago das Rosas.

A intenção do tombamento foi no sentido de preservar as áreas verdes, impedindo novos desmatamentos.

Goiânia 90 lugares

Goiânia faz 90 anos em 24 de outubro. Por isso, o Sistema Sagres de Comunicação, com apoio da Prefeitura de Goiânia elaborou um guia de 90 locais a serem conhecidos por você que é goianiense, que mora na capital ou que está de passagem por aqui. Esta é a campanha “Goiânia 90 Lugares”.

A produção inclui 90 reportagens em texto e fotos de lugares marcantes da cidade, 30 vídeos, um mapa e uma página especial. A campanha conta ainda com entrevistas especiais sobre a construção, estrutura e futuro da nossa capital.

As ações tem coordenação de Rubens Salomão, com pesquisa e textos de Samuel Straioto, Arthur Barcelos e Rubens Salomão. Imagens e edição de Lucas Xavier, além das reportagens em vídeo de Ananda Leonel, João Vitor Simões, Rubens Salomão e Wendell Pasqueto. A coordenação do digital é de Gabriel Hamon. Coordenação de projetos é de Laila Melo.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 04 – Educação de Qualidade; ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis

(Foto: Rubens Salomão)

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