(Foto: Reprodução/ Internet)

Uma chapa com Ronaldo Caiado (DEM) e Jorge Kajuru (PRP) juntos é fato novo e positivo para quem quem já é líder nas pesquisas e tem apelo popular próprio. Em uma expressão simples, Caiado mostra, com o anúncio de que o vereador de Goiânia será candidato ao Senado o lado de Wilder Morais, que tem bala na agulha.

A notícia também contribui para aumentar sua perspectiva de vitória, uma vez que Kajuru aparece bem nas pesquisas de intenção de voto, em situação de disputa direta com os nomes governistas, Marconi Perillo (PSDB) e Lúcia Vânia (PSB). E aumenta a ideia de oposição. Caiado e Kajuru são hoje referência de contraponto ao governo do Estado.

No meio político, a possibilidade de enfrentamento nas urnas entre Kajuru e o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) é sonhada por um lado – mais pelos torcedores de Kajuru – e vista pelo outro como incógnita. O receio, entre os marconitas, é de que seja negativo para o ex-governador. Como os dois disputariam o primeiro voto do eleitor, e Lúcia Vânia tem como ponto forte a atração do segundo voto, o resultado sai de eleição considerada fácil, para Marconi, a chance real de derrota.

E a notícia chega em boa hora para o senador: véspera das convenções, que vão definir de que lado e com quem os partidos ficarão na disputa deste ano. Justo quando o pré-candidato da base aliada, o governador José Eliton, avança sobre os partidos que já anunciaram apoio ao seu nome e que precisam confirmar isso de forma oficial.

A definição da chapa de Caiado para o Senado mexe ainda nos movimentos de bastidores. A possibilidade, ou ‘ameaça’, de aliança com o senador tem sido usada como fator de pressão na base aliada por legendas e lideranças que negociam espaço na chapa majoritária. Agora, o discurso terá de mudar. A porta para eventual saída da base fica com o MDB de Daniel Vilela.

A notícia é especialmente negativa para Daniel, pois aumenta a pressão sobre ele, para que apresente sua chapa logo, e que seja competitiva de fato. Caiado pode anunciar a chapa completa, com nome do vice, a qualquer momento. Seus apoiadores entendem que, assim, fecha em alta o período de pré-campanha.

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