As fortes chuvas que caíram em Goiás, de maneira contínua, nos últimos dias ainda não foram suficientes para recuperar o nível ideal de água em alguns reservatórios no Estado. A informação é do Supervisor de hidrologia da Saneago, Paulo Almeida, em entrevista à Sagres. “Apesar da gente ver as chuvas, que têm trazido um certo transtorno em todo o Brasil, para os reservatórios, ainda não é uma realidade a recuperação dos níveis”, declarou.

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Paulo explicou que as chuvas são dispersas, com muita incidência em um local, enquanto em outra região não chove. “Aqui em Goiânia mesmo, chove no Jardim Goiás, mas não chove no Vila Nova, chove no Bueno, mas não chove no Balneário”.

O reservatório do Ribeiro João Leite atingiu 88% do nível ideal com a chuva “de qualidade” da última semana, com uma recuperação de aproximadamente 1 metro, porém isso ainda é distante do necessário. “Está em situação de recuperação. Estamos no meio do período de chuva praticamente, mas ainda é cedo para a gente afirmar que está tudo bem. A gente precisa que esse nível suba bastante para 98%, 99% para a gente ficar mais tranquilo”.

Para trazer essa tranquilidade, o João Leite precisa subir mais 1,5 metro. Paulo afirmou que a barragem não é linear, com paredes definidas, então conforme aumenta o volume, ela se abre. Isso significa que para subir o necessário, ainda é preciso de muita chuva para que o planejamento para o período de estiagem seja feito com mais calma.

O supervisor detalhou que as chuvas precisam continuar em fevereiro e com qualidade. “A chuva de qualidade é essa mansa, que dura horas. Porque quando a chuva cai em grande quantidade, em um curto espaço de tempo, há só o escoamento superficial, que é onde a gente tem as enchentes, esse excesso de água fluindo na superfície e não penetrando no solo, que é reservatório natural”, explicou.

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