A Companhia Metropolitano de Transporte Coletivo (CMTC) quer substituir o atual modelo de renumeração das empresas de transporte coletivo, que recebem por passageiro transportado, pela pagamento por quilômetro rodado. O presidente da CMTC, Benjamim Kennedy, explicou em entrevista à Sagres 730 nesta quinta-feira (07) que isso possibilitará melhoraria da qualidade de serviço.

Kennedy explica a diferença entre os dois modelos exemplificando com a situação atual da prestação de serviço durante a pandemia. Decreto do governo determinou que os ônibus só podem transportar passageiros sentados. Segundo diz, há 250 linhas na região metropolitana e uma frota de 1.159 ônibus.

“Essa frota não consegue transportar todos os passageiros. O escalonamento de horários de funcionamento de comércio e indústria, de acordo com decreto da prefeitura de Goiânia reduziu em 15% o movimento nos terminais, mas o número de passageiros dia subiu da média de 155 mil para 171 mil esta semana”, disse. Se recebessem por km rodado as empresas poderiam ampliar a frota para 1,6 veículos e assim melhorar a oferta para o usuário, explica.

A mudança de um modelo para outro não é simples. Precisa ser aprovado pelo governo do Estado e as prefeituras da região metropolitana. No ano passado a CMTC tentou criar um fundo de transporte para também mudar o atual modelo, mas o projeto morreu sem apoio do Estado.

Desde o início de 2019, a CMTC vem apresentando propostas para ter um serviço de melhor qualidade e que atenda as necessidades dos usuários”, disse. “Eu vejo agora uma grande oportunidade para que o modelo do transporte coletivo em Goiânia seja alterado. Porque hoje a remuneração é feita pela quantidade de passageiros transportados, esse modelo remunera a ineficiência”.

Benjamim Kennedy ressaltou que a CMTC está propondo que seja feita todas alterações necessárias para dar segurança jurídica, para que a remuneração das concessionárias mude e passe a ser por km rodado. “Isso implica, que o transporte coletivo será transporte público”, afirmou. Outro ponto destacado pelo presidente da CMTC, é que com esse novo modelo, não haveria alteração da tarifa do transporte, permaneceria em R$ 4,30.

Para o presidente da CMTC, se a proposta da nova modelagem do transporte público for acatada, a CMTC passará a fazer a gestão de toda operação e bilhetagem, além disso, ele pontuou outros benefícios. “A remuneração por km traria um série de benefícios para os usuários, por exemplo, a manutenção dos R$ 4,30; poderiamos estabelecer a qualidade do serviço prestado pelas concessionárias”, disse.