Na edição desta sexta-feira do programa Tom Maior, da Sagres TV, o grupo de pagode de Goiânia “Rolê Diferente”, dos músicos Erickson Monteiro, Vinícius Maia e Israel Dias, foi o convidado especial do dia. Além de mostrarem talento nos vocais, eles compartilharam um pouco da trajetória do grupo, que tem se destacado no cenário musical local.
Erickson contou como tudo começou, em um típico contexto goiano, mas com um desfecho pouco previsível. “Eu sou de São Paulo, mas quando cheguei em Goiânia, pensei: ‘terra do sertanejo, vou aprender violão’. Comecei a tocar, fazia uns freelas, mas aí, num São João, cantei pagode com um amigo e rolou. No dia seguinte, fomos comprar os instrumentos”, relembrou.
Com o tempo, o grupo se reconfigurou e ganhou novos integrantes. Um deles foi Vinícius Maia, natural de Goiânia e com forte ligação com o sertanejo. “Cheguei e falei: ‘você aí, tatuado, de brinco, não tem cara de cantor de sertanejo, tem cara de cantor de pagode’. A gente se juntou e deu bom, graças a Deus!”, contou Vinícius.
Israel, outro membro do grupo, também compartilhou sobre os desafios e descobertas de montar o repertório. “A gente analisa muito o perfil da banda, que é jovem, moderno. Então puxamos mais pro lado do pagode pop, tipo Dilsinho, Tiaguinho, Jeito Moleque, essa linguagem mais atual”, explicou.
Paixão pelo pagode
O grupo, que antes vinha do universo sertanejo, confessou que a paixão pelo pagode surgiu com o próprio projeto. “Eu fui escutar pagode depois que criei o grupo, não vou mentir. Hoje, é só pagode”, revelou Erickson.
Em meio a músicas autorais e versões animadas, o grupo mostrou versatilidade e autenticidade. “A gente tenta trazer essa mistura mesmo, algo que pega os jovens, mas também os mais velhos. A galera gosta desse agito”, afirmou Israel.
Sobre o crescimento do pagode em Goiânia, os músicos foram unânimes: há espaço e público. “Quando falei pros meus amigos que ia cantar pagode aqui, duvidaram. Mas, surpreendentemente, os melhores lugares da cidade não tocam só sertanejo. E tem muita gente que prefere o pagode”, destacou Vinícius.
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 04 – Educação de Qualidade
Leia também:
- Festival Misturaí volta a Goiânia com música para todos os gostos e entrada gratuita
- “É uma vitória ancestral”, celebra educadora sobre participação do funk brasileiro em Harvard
- Especialista esclarece principais dúvidas sobre a declaração de Imposto de Renda 2025
