O fim de ano costuma ser de queda do número de doações de sangue por causa das férias e viagens. Mas em 2020, a situação se agravou por causa da pandemia, e muitos doadores acabaram não comparecendo com medo da Covid-19, risco que é descartado pela diretora técnica da Hemorrede de Goiás, Ana Cristina Novais, em entrevista ao Sagres em Tom Maior #173.

“O Hemocentro em todas as suas unidades tomou todas as medidas necessárias preconizadas pelo Ministério da Saúde. Então vir doar é seguro. Nós intensificamos a higienização, aumentamos o distanciamento das cadeiras. As cadeiras para coleta foram reduzidas à metade. Nós temos que garantir a segurança desse doador, não é só aumentar o nosso estoque”, explica.

Ana Cristina Novais no STM #173 (Foto: SagresTV)

De acordo com a diretora técnica, a Hemorrede de Goiás enfrenta um déficit preocupante no número de doações, mas o índice representa pouco mais da metade da queda nos estoques em outros estados.

“É a primeira vez que os bancos de sangue se encontram em uma realidade como essa. Temos estados que estão com déficit de até 60%. Goiás está com déficit de 36% e não está fácil, imagine esses estados”, afirma.

Ana Cristina Novais acrescenta que não é apenas sangue que falta nos estoques da rede, mas também dos chamados hemocomponentes, que possuem baixa durabilidade.

“Enquanto um concentrado de hemácias dura 42 dias, nós temos as plaquetas que duram somente cinco dias, e que são utilizadas em momentos de extrema urgência como sangramentos, tratamento da Covid, da dengue. Tudo que vai acarretar uma hemorragia, precisa de plaquetas”, afirma.

No dia 31, todas as unidades da Hemorrede em Goiás funcionarão das 8h da manhã ao meio-dia. É preciso agendar a doação pela internet no site agenda.hemocentro.org.br ou ligar no telefone 0800 642 0457.

Confira a entrevista na íntegra a seguir