As queimadas na Amazônia caíram quase pela metade em agosto, com o registro 17.373 focos de calor. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o número é 47,5% menor em comparação com 2022, quando foram registrados 33.116 focos. Além disso, o índice de focos de calor do mês passado no bioma é o menor desde 2018.

A queda refletiu também na série registrada nos últimos dez anos, pois é o terceiro menor número para agosto desde 2013. Dos nove estados que compõem o território da Amazônia brasileira, Pará, Amazonas, Mato Grosso, Rondônia e Acre são os que mais tiveram queimadas no mês.

Rômulo Batista, porta-voz do Greenpeace Brasil, afirmou que a queda é fruto da redução dos focos de calor e do “aumento de multas e embargos para os desmatadores”. Ane Alencar, diretora de ciência do Ipam, ressaltou assim que há uma relação direta entre queimadas e desmatamento, muito associados à limpeza de áreas para plantação e pastagem.

“Reduzir o desmatamento é reduzir o fogo. Então, mesmo com um ambiente muito propício para ter incêndios florestais, se a gente não tiver quem comece o fogo, a gente não tem incêndio”, afirmou.

Emissão de gases

As queimadas e o desmatamento contribuem para o aumento da emissão de gases do efeito estufa e do aquecimento global. Recentemente, por exemplo, a Organização Meteorológica Mundial informou o registro da maior temperatura média da história do planeta. Ademais, enfrentamos fenômenos climáticos como o El Niño.

“No Brasil, desmatamento e queimada das florestas são os maiores contribuintes para as emissões de gases do efeito estufa. Com a realidade de eventos climáticos extremos que já atinge milhares de pessoas ao redor do mundo e no próprio Brasil, é urgente impedir que a Amazônia siga sendo desmatada e queimada”, disse o porta-voz do Greenpeace.

*Com informações do portal CicloVivo

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