*Com informações da repórter Jéssica Lima
Nesta terça-feira (5), o Governo de Goiás e entidades de setores da economia goiana se comprometeram a zerar o desmatamento ilegal no estado até 2030. Trata-se do Pacto pelo Desmatamento Ilegal Zero, assinado no Palácio das Esmeraldas.
O pacto também visa aumentar a fiscalização e adotar medidas de punição para produtores e empresários que descumprirem medidas presentes no Código Florestal. Ao todo, 67 entidades firmaram o inédito acordo.
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De acordo com o governador Ronaldo Caiado, “hoje é um dia muito importante em um tema que é debate mundial. Goiás está mostrando como implantá-lo com a convergência do Estado com os produtores e empresários”.
Entre os compromissos do governo estadual estão promover ações de educação ambiental, criar incentivos a práticas sustentáveis e estimular a agricultura de baixo carbono. Além disso, fortalecer o trabalho de fiscalização. Nesse sentido, Caiado aprovou 98 novos concursados para fortalecer a equipe de fiscalização no estado.
“Vamos ser referência para que o código seja aplicado e que o produtor tenha eficiência nas nossas autorizações”, garantiu Caiado. No entanto, o governador de Goiás ressaltou que “esse não é um pacto para penalização”.
Para além de não realizar desmatamento ilegal, os setores da economia também se comprometeram a respeitar as leis ambientais. Ademais, preservar Áreas de Preservação Permanente (APPs) e reservas legais e, ainda, investir em técnicas sustentáveis.
Andréa Vulcanis, secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás, afirmou que “o Centro-Oeste é a região que impulsiona a economia do Brasil, e não podemos fortalecer narrativas que colocam setores produtivos como vilões do meio ambiente”.
A responsável pela Semad destacou ainda que o objetivo do pacto é assegurar a proteção dos recursos ambientais, mas sem desconsiderar interesses econômicos e a produtividade no estado. Segundo Andréa, a política é um aceno em direção a uma política mais harmônica e equilibrada.
A projeção é que Goiás atinja o desmatamento ilegal zero em sete anos, com redução de 10% prevista para 2024 e, portanto, 100% em 2030.
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU): ODS 11 – Cidades e comunidades sustentáveis, ODS 13 – Ação contra a mudança global do clima e ODS 15 – Vida terrestre