O setor privado brasileiro discutiu a transição energética e a descarbonização no painel “Energia renovável e mudanças climáticas” em exposição do Congresso Brasileiro de Mineração, que reúne as principais companhias mineradoras com atuação nacional e global. O painel ocorreu em 29 de agosto, em Belém (PA), como parte da programação da EXPOSIBRAM 2023.

Então, os representantes do setor privado entendem que o país pode avançar na transição para energia renovável e ser protagonista da agenda verde no mundo. Alexandre D’Ambrosio, vice-presidente-executivo de Assuntos Corporativos e Institucionais da Vale, afirmou que “as empresas de mineração, foco deste debate, têm a responsabilidade de serem protagonistas na proposta de descarbonização no país”.

Daniel Hubner, vice-presidente sênior de Soluções Industriais da Yara Brasil, ressaltou a urgência do combate às mudanças climáticas e a aceleração da transição energética pelas empresas brasileiras.

“O Brasil tem a sorte de ter 85% de sua matriz energética renovada e com um potencial gigante para ser explorado. Mas, para isso, é preciso o envolvimento de toda a cadeia. O governo também tem obrigações e deve se envolver nessa missão também”, defendeu.

Mineração e agenda verde

A EXPOSIBRAM é o maior evento do setor da mineração do Brasil e ocorreu entre 28 e 31 de agosto, em Belém (PA). Com relevância na América Latina, o evento conta com exposições, congressos e shows culturais. Então, a EXPOSIBRAM é realizada pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), organização nacional que representa as empresas do setor mineral.

A pauta da agenda verde e da transição energética estava assim ligada ao painel  “Energia renovável e mudanças climáticas”, que reuniu diversos painelistas, entre eles D’Ambrosio e Hubner.

Os executivos aproveitaram a ocasião para apresentar as iniciativas das empresas que eles representam no mercado da mineração. D’Ambrosio, por exemplo, disse que a Vale vai substituir o óleo diesel por hidrogênio e amônia verde,  produzido pelas fontes solar e eólica, formas renováveis de gerar energia. 

“O Brasil tem matriz energética para isso. Então, não faz sentido para o país não ir direto para a produção de hidrogênio verde”, disse. A Vale utiliza hoje cerca de um bilhão de litros de diesel em caminhões e transporte ferroviário.

Descarbonização

Alfredo Lamego Duarte, diretor de Energia LatAm que atua no setor de alumínio, disse que a meta da empresa  é usar tecnologias para ser livre de carbono até 2050. “Nós investimos em energia limpa desde a década de 90”, contou.

Marcela Jacob também integrou o painel. A head da Hydro Rein no Brasil destacou que a empresa já emprega soluções para descarbonizar suas operações.  

“Fazemos assim em todas as partes da cadeia de valor, chegando até a reciclagem. A Hydro trabalha com a meta de ser zero carbono até o ano de 2050”, afirmou.

Para os participantes do painel a descarbonização está diretamente associada a soluções inovadoras.

*Com informações do portal Notícia Sustentável

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