Na próxima semana, na terça-feira (4), a Federação Goiana de Futebol (FGF) se reunirá com os clubes para definir o futuro do Campeonato Goiano de 2020. Paralisado desde 17 de março, o torneio ainda tem mais duas rodadas da primeira fase e a reta final para finalizar. À Sagres 730, Atlético Goianiense, Goiás, Vila Nova, Aparecidense, Anapolina, Goianésia, Iporá e Anápolis já destacaram seus posicionamentos.

Entrevistado nesta segunda-feira (27) durante o programa Hora do Esporte, André Luiz Pitta, presidente da FGF, afirmou que “a maioria entende que, caso seja retomado o campeonato, o ideal é que seja no ano que vem, até porque este ano já ficou bastante comprometido”. Com um ‘quebra-cabeça’ para solucionar, a ideia é “chegar no dia já com um planejamento mais apropriado para que os clubes possam aprovar e estarem dispostos a fazer esse resto do campeonato no ano que vem”.

Na visão do dirigente, que também participa da diretoria da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), “acreditamos que a data de início dos estaduais de 2021 será no dia 28 de fevereiro”, quatro dias depois da rodada final da Série A do Campeonato Brasileiro. Segundo Pitta, “não terá nenhuma paralisação, até porque os atletas já tiveram um período considerado de férias e tem que se conseguir recuperar o calendário, então todos terão que se sacrificar um pouco em virtude desse cenário que foi criado”.

Em tempos de pandemia e com possibilidade limitadas de receitas, é necessário “terminar o Campeonato Brasileiro, que traz um recurso considerável para os clubes, e já tem que se iniciar o novo calendário de 2021, até para que não prejudique o Campeonato Brasileiro do ano que vem também”. Por isso, possivelmente não haverá férias na transição das temporadas, “porque os jogadores tiveram, meio que forçado, férias muito maiores do que os 30 dias, porque estamos com o futebol parado há vários meses”.

“Todos têm que compreender que, infelizmente, se sacrificarão um pouco, mas há necessidade de fazer isso até pela condição financeiras dos clubes. Se pararmos, prejudicar ou reduzir o Campeonato Brasileiro, financeiramente isso reduz drasticamente para os clubes, que automaticamente terão dificuldade de pagar os seus atletas, então isso tudo é uma engrenagem que tem que funcionar, mesmo todo mundo tendo que sacrificar um pouco”, ponderou o dirigente.

Diante de um cenário com o retorno do Goianão em janeiro, com os clubes goianos envolvidos na reta final do Campeonato Brasileiro, as equipes poderão optar por formações alternativas. André Pitta ressaltou que “de qualquer forma será negativo. Essa situação não foi criada por nós e não temos nenhuma responsabilidade pelo que está acontecendo, mas todo mundo tem que ter a sua parcela de sacrifício”.

“O que tiver que ser feito tentaremos para que o campeonato conclua, mesmo que haja esse tipo de situação, que entenderemos devido a situação que cada clube estará vivendo no momento”, completou o presidente da Federação Goiana de Futebol.