Sanbao registrou temperatura de 52,2°C no domingo (16). Assim, a temperatura da cidade chinesa, que fica na região de Xinjiang, é o novo recorde nacional do país asiático. O novo registro foi estabelecido no mesmo dia que John Kerry, enviado especial para o clima dos Estados Unidos, chegou à China. Ele se reuniu com Xie Zhenhua, em Pequim.
🌡️ Dangerous levels of heat are affecting parts of North America, Asia and southern Europe
— Met Office (@metoffice) July 16, 2023
📈 China provisionally recorded it's highest temperature on record on Sunday and some Mediterranean countries will challenge their respective records this week pic.twitter.com/zuD4rFEgng
O registro chinês ocorreu no mesmo mês em que o planeta Terra registrou o dia mais quente da história. Segundo dados do Centro Nacional de Previsão Ambiental dos Estados Unidos (NOAA), a temperatura média global alcançou 17,01ºC no dia 3 de julho. O recorde anterior era de 16,92° C, registrado em agosto de 2016. No entanto, no dia seguinte, 4 de julho de 2023, a temperatura média global atingiu 17,18°C, estabelecendo novo recorde.
Por causa dessa temperatura do planeta, diferentes partes do globo registraram intensas ondas de calor. Entre os locais que registraram altas temperaturas estão estados do sul dos Estados Unidos e localidades determinadas da África e da China. Mas, agora, o país asiático registrou a maior temperatura de sua história.
Mudanças climáticas
O novo registro chines quebrou o recorde de 50,6°C, estabelecido em julho de 2017, como informou a Administração Meteorológica da China em comunicado. As autoridades chinesas pediram que trabalhadores e estudantes não deixassem suas casas e ordenaram que veículos oficiais borrifam água nas principais vias da cidade de Sanbao e região.
Os efeitos das mudanças climáticas são sentidos pelas pessoas. Além da forte sensação de calor corporal, o ambiente também sofre com os efeitos, o que piora os efeitos para o corpo humano. Em Turpan, por exemplo, a superfície do solo chegou a 80°C.
Com isso, a visita do enviado especial dos EUA para o clima à China se tornou ainda mais simbólica, já que os países traçam meios de cooperarem com o combate às mudanças climáticas, apesar de suas divergências.
As conversas entre John Kerry e Xie Zhenhua se concentraram em assuntos como a redução das emissões de metano, limite para o uso de carvão, metas de contenção do desmatamento e cooperação com países pobres no combate às mudanças climáticas. A aproximação política dos países é um impulso as metas do acordo climático de Paris, em 2015.
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 13 – Ação contra a mudança global do clima.
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