Estimativas globais apontaram que 52% da população mundial acima de cinco anos sofre com ao menos um episódio de dor de cabeça por ano. Já outros 14% das pessoas são atingidas pela forma crônica da doença, que é a enxaqueca. Em entrevista à Sagres, o médico neurologista Iron Dangoni Filho explicou que existem dois tipos de cefaleia: as primárias e as secundárias. 

“Quando a gente fala em primárias, quer dizer que o sintoma dor de cabeça é a doença, como a enxaqueca. Não tem uma causa específica, a dor de cabeça é a própria doença. Outra coisa são as cefaleias secundárias, que a gente precisa se preocupar mais, porque elas são um pouco mais urgentes. E essas dores geralmente têm uma causa, ou seja, a dor de cabeça é um sintoma de uma outra patologia”, disse.

De acordo com o neurologista, é normal uma pessoa sentir dor de cabeça ocasionalmente e a preocupação deve existir a partir do momento que a condição passa a afetar a qualidade de vida do indivíduo. “A pessoa que passa a ter dor de cabeça frequente, pelo menos uma vez por semana, precisa procurar um especialista. Precisa ter um segmento com um neurologista porque existe tratamento específico para isso, para tirar a dor e, às vezes, para evitar que ela venha”, afirmou.

Tratamento adequado

Conforme o neurologista, a automedicação, em poucos casos, pode ser adequada. Mas é importante sempre consultar um especialista. “A gente não vai ao médico toda vez que tem uma dor ou sintoma. Então tomar um analgésico algumas vezes não tem problema. O problema é essa automedicação ser muito frequente”, reforçou. O excesso de automedicação tem até um nome: cefaleia por uso excessivo de analgésico. “É uma doença que a pessoa toma tanto remédio para dor que acaba tendo dor por isso”, alertou o Iron Dangoni.

A ação mais indicada pelo especialista é que as pessoas percebam a frequência com que a dor de cabeça aparece, se é preciso deixar de fazer tarefas cotidianas por causa da dor e se afeta a qualidade de vida. A partir da observação e com orientação médica, o tratamento é direcionado e atinge resultados que melhoram a condição de vida.

Ainda de acordo com o médico, existem diversos tipos de tratamento conforme o nível da doença. “A gente tem o tratamento para tirar a dor, ou seja, a pessoa  tem a dor toma o remédio e a dor passa; o profilático para evitar que a dor venha e é um remédio que a pessoa vai usar todos os dias para que a dor não volte; e o não medicamentoso, é algo que a gente faz na nossa vida, que a gente coloca na nossa rotina”. destacou.

Aliado ao tratamento, o exercício físico, segundo o neurologista, é fundamental, como praticar esportes, ia à academia, fazer ioga, massagem e até acupuntura para o combate à cefaleia”, finalizou. 

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