Mais uma vez o Vila Nova não conseguiu vencer em casa na Série B do Campeonato Brasileiro. O time goiano ficou no empate sem gols como o Brasil de Pelotas. Para os comentaristas da Sagres o grande problema da equipe colocada está no sistema ofensivo. Para Cléber Ferreira o clube gaúcho é menos qualificado e o Vila perdeu uma grande chance de conquistar os três pontos no Onésio Brasileiro Alvarenga.
>>Assista os melhores momentos do empate entre Vila Nova e Brasil de Pelotas
“Mais um vez o Vila Nova não tem funcionalidade no time como um todo. A defesa funcionou porque não tomou o gol, mas não funcionou o processo criativo a partir do meio campo, não funcionaram as jogadas pelos lados, nem os cruzamentos e nem as finalizações. A melhor finalização do Vila aconteceu no finalzinho do jogo com o Henan. O Vila não foi um time agudo, não foi um time que tocou a bola com o objetivo de chegar ao gol adversário. Foi um time passivo, que aceitou e entrou no jogo do adversário. Parecia que era um time que estava jogando junto pela primeira vez. O Vila perdeu em casa pontos irrecuperáveis”, avaliou.
Carlos Eduardo Tim destacou que a equipe comanda por Higo Magalhães tem uma defesa sólida, mas o ataque e o meio campo tem deixado a desejar.
“O Vila Nova teve dificuldade para vencer porque mais uma vez a parte ofensiva não funcionou. O time troca os atacantes, coloca jogador de lado, coloca atacante centralizado, muda os nomes, muda as peças, mas o Vila continua com os mesmo defeitos. A parte ofensiva do Vila está muito mal e hoje mais uma vez a criação também não foi bem. O Cássio Gabriel não fez uma boa partida, assim como os atacantes. No segundo tempo o Vila até controlou bem o jogo, pressionou, mas deixou a desejar no último passe”, pontuou.
Cléber Ferreira frisou que vencer em casa requer um posicionamento mais propositivo dentro de campo e que o Vila não consegue fazer isso por falta de uma camisa 10 de ofício.
“O mandante tem a obrigação de propor o jogo. E o Vila Nova quando precisa tomar a iniciativa do jogo tem mais dificuldades, porque é uma time que joga mais defensivamente. Não consegue propor o jogo porque não te material humano. O Vila precisa de um camisa 10, se eu fosse o Higo, insistiria com o João Pedro até que possa render o que sabemos que pode render, como no sub-23. Ele a gente conhece, todos os demais tem entrado e decepcionado”, afirmou.
Leia também: Atacante do Vila Nova lamenta mais um empate no OBA: “Difícil falar”
Ao ser questionado se o gramado do OBA pode estar atrapalhando o desempenho colorado, Tim ressaltou que este não é o problema e mesmo quando vence fora de casa, o Vila Nova não apresenta encontra dificuldades.
“Na minha opinião o campo é indiferente. Por mais que o Vila tenha vencido fora de casa contra o Remo e contra o Operário, o Vila não fez grandes partidas. Sofreu bastante contra o Operário, o Georgemy saiu como o melhor em campo. O Vila tem um defeito grave e nós temos falado isso em todos os jogos, mesmo quando vence. A parte ofensiva do Vila não cria. E esse é o grande desafio do técnico Higo Magalhães, fazer o time criar mais. E quanto criar ter bons finalizadores”, finalizou.
