Além da retomada para recuperar o tempo perdido por conta da pandemia, o comércio em Goiânia tem outro desafio: manter as portas abertas sem contribuir para o aumento do número de casos do novo coronavírus. No Debate Super Sábado #201 de hoje (18) novo presidente da Associação Empresarial da Região da 44 (AER44), Crhystiano Câmara, acredita que a categoria é capaz de manter as atividades funcionando sem colocar a população em risco, seguindo os protocolos de saúde, mas os clientes precisam colaborar.

“Nós como população, temos que fazer, independente de qual segmento, se é da indústria, do comércio, se é até na própria casa, temos que tomar os cuidados básico, preventivos, porque o que já foi provado mundo afora é que, tomando esses cuidados, a gente consegue aliviar os hospitais”, afirma.

Segundo Crhystiano Câmara, com a suspensão do turismo de compras, os lojistas estão se adaptando a uma nova realidade: as vendas pela internet. “Está acontecendo muita venda online. O nosso lojista vende e só faz o despacho da mercadoria. Isso é uma mudança de cultura”, afirma.

No protocolo seguido pela AER44, não pode faltar álcool em gel nos estabelecimentos, tapetes sanitizantes, desinfecção de ruas e calçadas, aferição de temperatura, uso de máscara e distanciamento social.

Restaurantes

Além da Região da 44, shoppings, bares e restaurantes também puderam reabrir, mas segundo o coordenador da Área de Alimentos da Vigilância Sanitária de Goiânia, Jadson Oliveira, houve locais em que essas medidas contra a Covid-19 foram ignoradas em pelo menos dois estabelecimentos.

“Por conta justamente da passividade do comerciante em não frear ou coibir o ajuntamento de mesas e aglomeração de mais de quatro pessoas por mesa. Nós já estávamos monitorando esses locais e percebemos que era uma conduta da empresa, não foi um caso pontual”, relata.

Resistência da população

Para o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Goiás (FCDL-GO), Valdir Ribeiro, deve haver mais conscientização também por parte por dos próprios consumidores. “Ainda saem duas, três pessoas [juntas] para irem ao supermercado”, reclama.

O coordenador da Área de Alimentos da Vigilância Sanitária, Jadson Oliveira, diz que ainda há muita resistência em relação à orientações para seguir os protocolos. “Muitos colocam abaixo do queixo e acham que estão de máscara, e quando são chamadas a usar corretamente reclamam”, afirma.

O presidente da AER44 destacou que os lojistas têm recebido constantemente orientações sobre a cartilha a ser seguida, e acredita que a conscientização para evitar a contaminação precisa começar dentro de casa.

“Reuniões familiares têm de ser evitadas. O maior índice de contaminação que está acontecendo hoje é entre familiares. Eles fazem festa de dia dos pais, da mães, e por aí acham que não têm nada e se contaminam. Festa é um absurdo”, protesta.

Sobre o não uso de máscara, desde a última terça-feira (14), data da reabertura do comércio, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) multou três pessoas na capital em R$ 627,38 cada por não uso de proteção.

De acordo com boletim da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a capital goiana possui 307 mortes, 10.808 registros de infectados e 9.431 recuperados da Covid-19.

Segurança

Nesta semana, a Sagres preparou uma reportagem especial com dicas e orientações sobre como manter a sua segurança ao ir às compras, com a reabertura do comércio. Clique e confira.