O volume de vendas do comércio varejista goiano caiu 2,3% em fevereiro, sétima queda consecutiva, acumulando -0,5% nos últimos doze meses, de acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em entrevista à Sagres, o presidente da Fecomércio Goiás, Marcelo Baiocchi, avaliou que o consumidor está mais cuidadoso nas compras, até pela preocupação com as circunstâncias da economia. Segundo ele, a taxa Selic de 11,75%, acaba afastando aqueles que vão fazer compromissos parcelados.

O governo federal elevou a taxa básica de juros na tentativa de ter um maior controle na inflação que fechou 2021 com alta de 10,06%. Os reflexos disso foi a queda do dólar que fechou nesta quarta-feira no valor de R$ 4,68. No entanto, Baiocchi analisa que não haverá melhora expressiva nas vendas.

“Não acredito em nenhum aquecimento fora da curva, uma corrida as compras, em exceção as datas festivas. A expectativa é que na páscoa, por exemplo, haja um crescimento de 1,6% nas vendas. No entanto, esse número já é menor do que o ano de 2019, anterior a pandemia”, apontou

Apesar da queda na relação ao ano passado, o volume de vendas subiu 1,9% em fevereiro de 2022 na comparação com janeiro do mesmo ano. Na avaliação do presidente da Fecomércio, o Estado caminha para uma estabilização do comercio varejista. “Só haverá sinais de crescimento quando a economia do país se equilibrar, a inflação e a taxa de juros recuar”, concluiu

Veja na íntegra a entrevista:

Rodrigo Melo é estagiário do Sistema Sagres de Comunicação, em parceria com o Iphac e a PUC Goiás, sob supervisão do jornalista Thaís Dutra.

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