Foto: Arquivo / Sagres Online

O comércio brasileiro deve ter um prejuízo de R$ 19,6 bilhões de reais neste ano de 2020 em função de feriados, um aumento de 12% em relação a 2019 quando o prejuízo ficou em R$ 17,4 bilhões. Os dados são referentes a um estudo feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) Segundo a Confederação o aumento do prejuizo deve acontecer devido uma maior quantidade de feriados que caem em dias úteis neste ano. 

O presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, José Roberto Tadros, lembra, por exemplo, que ao contrário de 2019, quando o feriado de Tiradentes caiu em um domingo e as celebrações de Independência, Nossa Senhora Aparecida e Finados ocorreram aos sábados – dia de meio expediente no comércio –, em 2020 todas estas datas ocorrerão em dias que seriam úteis para o comércio. Ele ressalta que o estudo aponta que apenas o feriado da Proclamação da República, que aconteceu em uma sexta-feira no último ano, não impactará o setor, pois cairá em um domingo. 

Goiás 

Em Goiás, de acordo com o levantamento, o prejuízo é estimado em R$ 680 milhões. O estado ainda sofre com mais um ingrediente que contribui para o aumento do prejuizo. Segundo o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás (Fecomércio/GO), Marcelo Baiocchi, Goiás não possui um turismo tão forte como outras unidades da Federação. Baiocchi, que também comanda o Sistema Fecomércio/Senac/Sesc-GO, destaca que isso faz com que os feriados acabem gerando menos renda, menos impostos e menos empregos.

O estudo da CNC mostra ainda que cada feriado reduz a rentabilidade mensal média do setor comercial como um todo em 8,4% (varejo e atacado). Entretanto, nas regiões ou ramos de atividade onde a relação folha/faturamento é mais elevada, esse impacto tende a ser maior.

Os segmentos de hiper e supermercados, as lojas de utilidades domésticas e o ramo de vestuário e calçados respondem, juntos, por mais da metade (56%) do emprego no varejo brasileiro. Segundo José Roberto Tadros são justamente nesses três segmentos que as taxas de perdas mensais decorrentes de cada feriado nacional são maiores: 11,5%, 11,6% e 16,7%, respectivamente.