Se o Goiás emplacar mais uma boa sequência de resultados e alcançar sua obrigação, que é o acesso para a elite do futebol nacional, o lamentável episódio de uma mulher dentro do quarto dos jogadores em uma concentração vai passar batido e virar piada. Agora, em caso de insucesso, o fato será lembrado como um exemplo de que a falta de compromisso do elenco com os objetivos do Verdão foi grande em 2018.

Portanto, é vencer os próximos jogos e buscar rapidamente uma consolidação dentro do G-4

Como aquela mulher foi parar lá no quarto dos jogadores? Isso certamente ninguém vai saber. É certo que ela não deveria estar ali, até se a intenção fosse tirar uma foto para enviar para um amigo, como é a versão sustentada pelo Goiás e por um escritório de advocacia. 

O gestor de futebol, Túlio Lustosa – que já foi jogador – sabe o quanto é negativo o impacto desse tipo de acontecimento. Não é um fato comum para o Goiás Esporte Clube e qualquer outra agremiação profissional. Pela postura como atleta em sua carreira, apesar de dizer que não foi nada demais, ele não participaria desse tipo de situação. 

Trabalhei durante muitos anos com o amigo Marcelo Borges, ex-camisa 10 do próprio Goiás e que, como comentarista, sempre dizia que ‘quando a fase é boa, o whisky à noite na balada era visto como guaraná pelo torcedor’, mas que na fase ruim o guaraná se transformava em cachaça. 

Explicação de Túlio Lustosa: “O Goiás nunca fica em hotel privativo, de uso exclusivo do Goiás. E aí aconteceu de eles estarem no quarto jogando vídeo-game, e passou uma moça e pediu para que, acho que era goiana também, pediu para tirar (foto) ou fazer um vídeo porque tinha amigos dela que eram torcedores do Goiás. Foi só isso que aconteceu. Dá uma repercussão, é lógico. Todo mundo imagina uma concentração de futebol como se fosse uma prisão, e não é bem assim. A gente está em um hotel que é aberto também para outros hóspedes, e foi exatamente isso que aconteceu, não teve absolutamente nada de mais”.