O Conexão Sagres desta semana traz um resumo das principais notícias de Goiás. Confira a lista das matérias com maior repercussão entre os dias 5 a 9 de setembro.
- “Não discutimos o fim da Lei de Cotas e sim o aprimoramento da legislação”, dizem especialistas
- “Estamos chegando a um ponto de não retorno”, diz presidente do Proam sobre queimadas na Amazônia
- Exigência por alta produtividade aumenta casos de depressão e ansiedade em crianças, afirma psicanalista
- “Operação na casa de Moro foi excessiva, mas dentro da legalidade”, diz cientista político
Educação
A Lei de Cotas completou 10 anos na última segunda-feira (29/8) e, como exige a legislação, precisa passar por uma revisão. Em entrevista à Sagres, a professora e ativista do Movimento Negro Ieda Leal, e a defensora pública da União Rita Cristina de Oliveira avaliaram que não há discussão sobre o fim da Lei de Cotas e que, na verdade, a legislação precisa ser aprimorada.
“Com todas as informações que nós tivemos, um dado muito importante é a chegada do negro no Ensino Superior. Tem questões que precisam de ajuste como permanência, bolsas e tratativas com os cotistas. Precisa-se ter o cuidado para que eles possam permanecer e saiam com sucesso como todos nós queremos”, explicou a professora Ieda Leal.
Confira a entrevista na íntegra:
Natureza
A Amazônia somou mais de 12 mil queimadas em apenas quatro dias do mês de setembro, segundo dados do programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em entrevista à Sagres, o presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam), Carlos Bocuhy, afirmou que a floresta se aproxima de um ponto de não retorno com a sequência de queimadas com valores altos.
“O que nós estamos vendo hoje de queimadas na Amazônia é decorrente de desmatamentos que ocorreram nos últimos meses. Essas áreas são objeto de limpeza, para outros usos, eu diria até que por facções criminosas. É a continuidade de um processo de degradação”, disse Carlos.
O presidente destacou que essas ações criminosas não começaram recentemente, mas que a falta de políticas do atual governo pode ter sido, na visão dele, uma facilitadora. “Nós devemos perseguir um estado de legalidade para a Amazônia, de coisas constitucionais no sentido que se respeite a proteção ambiental determinada pela lei”.
Assista à entrevista completa:
Saúde mental
Em entrevista à Sagres, nesta terça-feira (6), a psicanalista e especialista em psicologia clínica Mila Laborão analisou “o aumento significativo em casos de depressão e de ansiedade”. Para a especialista, isso ocorre em função do momento atual que a sociedade atravessa, “de exigência de alta produtividade, inclusive com crianças e adolescentes”.
Outro ponto destacado por Mila, é a velocidade dos acontecimentos, aliado ao grande fluxo de informações que preenchem o nosso tempo. “Isso tudo é gerador de crianças um pouco mais entristecidas, mais ansiosas. E não podemos deixar de lembrar da pandemia e das interferências que isso gerou para a infância e adolescência”.
Como citado pela psicanalista, há ainda o fator pandemia, que atingiu cada jovem de uma maneira diferente. “A gente vê casos de crianças que tiveram que lidar com familiares desempregados. Tivemos aumento de casos de violência doméstica e de abuso sexual. O próprio fato do confinamento em si demonstrou para a gente, muitos casos de ansiedade, por ter se reduzido muito o convívio social”, detalhou.
Confira a entrevista na íntegra:
Política
A Justiça Eleitoral do Paraná cumpriu no último sábado (3), uma operação de busca e apreensão na casa do candidato ao Senado Federal Sérgio Moro (União Brasil) para recolher materiais de campanha. Em entrevista à Sagres, o professor e cientista político Alexandre Azevedo afirmou que considerou a medida excessiva, mas que a ação está dentro da legalidade.
“Qual foi o problema? O tamanho da letra do nome dos suplente. Foi apenas essa situação que determinou a busca e apreensão. Bastaria, no meu sentir, proibir a divulgação dos santinhos, com multa em caso de descumprimento e determinar também que a campanha do ex-juiz levasse esse material até a Justiça Eleitoral”, disse o professor.
Alexandre destacou que há pouco tempo não era exigido que o nome do suplente estivesse nos materiais de campanha, mas que houve uma mudança e o escolhido, pelo candidato, para assumir o cargo caso o vencedor das eleições não possa, deve aparecer até na urna eletrônica no momento da votação. “Exatamente para que o eleitor veja quem pode, eventualmente, suceder”.
Assista à entrevista com Rubens Salomão:
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