O consumidor brasileiro deve preparar o bolso para um aumento na conta de energia em 2025. De acordo com especialistas, o reajuste tarifário pode chegar a 9%, impulsionado por custos elevados na distribuição de energia e pela necessidade de ativação de usinas termelétricas.
“A gente tem um gargalo muito grande de distribuição. Os custos de manutenção da rede são cada vez maiores, e isso impacta diretamente na tarifa”, explicou Pedro Bouhid, especialista no setor energético, em entrevista ao programa Tom Maior do Sistema Sagres.
Entre os fatores que pressionam os preços da energia estão o baixo nível dos reservatórios, o crescimento da demanda e a falta de incentivos suficientes para energias renováveis. Sendo assim, Pedro destaca que, nos últimos anos, o consumo aumentou significativamente, impulsionado, entre outros fatores, pela popularização dos veículos elétricos.
“O acesso à energia se torna cada vez mais necessário, mais imprescindível e com maior nível de consumo. O problema é que essa energia, apesar de existir, tem dificuldade de chegar à ponta, e isso encarece o serviço”, afirmou.
Alternativas para reduzir os custos
Apesar disso, do cenário de alta nas tarifas, há opções para quem deseja reduzir a conta de luz. Pedro ressalta que as energias renováveis, como a solar e a eólica, são alternativas viáveis, principalmente por meio da chamada “geração distribuída”.
“Todo mundo pode gerar sua própria energia, e isso, com certeza, barateia muito o custo. O problema é que nem todos têm condições de fazer o investimento inicial”, explicou.
Para quem não pode arcar com os custos da instalação de painéis solares, por exemplo, existem soluções como a energia por assinatura. Esse modelo permite que consumidores adquiram energia mais barata por meio de cooperativas ou consórcios, sem necessidade de investimentos.
De acordo com o especialista, os descontos podem chegar a 20%. Outra alternativa para grandes consumidores, como empresas e indústrias, é a compra de energia no mercado livre. “Nesse cenário, conseguimos economizar até 35% em relação ao mercado regulado”, destacou Pedro.
Dicas para economizar no dia a dia
Além das alternativas estruturais, medidas simples podem ajudar a reduzir o consumo doméstico e aliviar o impacto do reajuste. “Os grandes vilões da conta de luz são o ar-condicionado e o chuveiro elétrico. Então, o planejamento do consumo é essencial”, afirmou Pedro.
Ele sugere adotar equipamentos mais eficientes, evitar deixar luzes acesas sem necessidade e reduzir o tempo de uso de aparelhos que consomem mais energia. Para quem busca um passo a passo, ele recomenda:
- Planejamento do consumo – Identificar os maiores gastos de energia em casa.
- Equipamentos eficientes – Optar por eletrodomésticos com selo de eficiência energética.
- Aquecimento solar – Para quem tem essa possibilidade, substituir o chuveiro elétrico.
- Geração própria de energia – Avaliar a instalação de painéis solares.
- Energia por assinatura – Pesquisar empresas que oferecem esse serviço para economizar sem investimento inicial.
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 07 – Energia Limpa e Acessível
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