Um relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgado na terça-feira (4) traz um paralelo entre as condições climáticas extremas e o uso delas para a transição energética. Um exemplo das informações do documento é que a capacidade fotovoltaica da América do Sul aumentou 3,9% com o El Niño.
O fenômeno climático natural que ocorre no Oceano Pacífico e mexe com as temperaturas do planeta causa mais secas e um clima mais quente. Com isso, ele trouxe a capacidade de gerar mais eletricidade pela radiação solar. Mas dependendo do lugar, o mesmo fenômeno favorece a geração de energia eólica pela velocidade do vento e a geração por hidroelétrica, com as precipitações.
O que o relatório pontua é que a previsão dessas condições climáticas pode ser um auxílio para a transição energética. A análise da OMM é do ano de 2023, que fechou dezembro como o ano mais quente da história. Mas já superado por 2024. A entidade sugere que é possível antecipar os picos sazonais de demanda, o que pode fortalecer a adaptação para a produção por fontes renováveis.
A importância do relatório são as variáveis climáticas que afetam o setor de energia e como essas variáveis podem se tornar aliadas. Por isso, a OMM destacou que se houver um planejamento a geração será mais confiável.
Transição para El Niño
O relatório considera o ano de transição da La Niña para um El Niño. Os dados destacados pela OMM revelam que a América do Sul teve o aumento de 3,9% da sua capacidade solar fotovoltaica. Um adicional de 3,5 TWh/ano da capacidade instalada de 50 GW da região.
No caso da eólica, a capacidade aumentou em 13%; o crescimento da energia solar foi de 32%; e a energia hidroelétrica cresceu 1%. O relatório da OMM tem a participação do Copernicus e da Agência Internacional de Energia Renovável.
*Com ONU News
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 07 – Energia limpa e acessível.
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