O Atlético Goianiense garantiu vaga para a próxima fase da Copa do Brasil ao passar pelo São José e ganhou, como premiação, R$ 2 milhões. A quantia, somada com a classificação nas fases anteriores chega à cinco milhões, quatrocentos e oitenta mil reais.
Mesmo com a derrota em Porto Alegre a classificação foi bastante comemorado pela clube rubro-negro, não só pela visibilidade de estar na fase seguinte, mas também pelo dinheiro embolsado. Segundo o presidente Adson Batista, os R$ 2 milhões já está “comprometido”.
“É um dinheiro que já tem uma destinação, são dívidas que nós temos. Ele vem em boa hora pelos déficits enormes que adquirirmos nestes dois últimos meses”, explicou o dirigente atleticano.
Apesar de não revelar o valor da dívida que o Dragão tem atualmente, Adson destacou que elas foram adquiridas principalmente com os gastos durante a pandemia e as obras no Estádio Antônio Accioly.
“É um déficit dentro de uma realidade, até porque o Atlético-GO não dá ‘passo maior do que a perna’. Nós trabalhamos sempre para não endividar e criar instabilidade financeira no clube. Os investimentos no Accioly trouxeram muito desgaste, pagar atletas por quatro a cinco meses sem receitas também. São situações que não são simples e nem fáceis de administrar”, afirmou.
Em julho de 2019 durante entrevista à Rádio Sagres, o presidente do Goiás, Marcelo Almeida, revelou que o clube esmeraldino trabalhava com um déficit mensal de quase R$ 2 milhões. No rubro-negro, porém, o valor não chega à essas cifras.
“O Atlético-GO não trabalha com déficit. Eu tenho muita responsabilidade. Ás vezes o torcedor fica na rede social cobrando e exigindo, e eu sei que todo torcedor quer o melhor para o seu time e é compreensível, mas em momento nenhum eu trabalho fora do orçamento. Nós trabalhamos dentro de uma realidade. Essa pandemia trouxe muitas dificuldades, a gente tendo que reformar o estádio, não é fácil viabilizar financeiramente. Temos um planejamento bem enxuto e tenho certeza que vamos segui-lo à risca”, ponderou Adson Batista.
Desta forma, a premiação da Copa do Brasil não será investida em contratações, mesmo com a diretoria ainda no mercado em busca de um lateral-direito, um esquerdo e também mais um centroavante.
“Seria um sonho (usar o dinheiro para contratar), mas é impossível. O Atlético não tem reservas e a gente vem de um momento de muita dificuldade, então é impossível. Eu nunca tive dinheiro para investir em futebol, foi sempre quitando dívidas, e não será diferente”, disse o presidente.