
A ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, esteve em Corumbá (MS) nesta terça, 16, para acompanhar de perto as ações de combate aos incêndios no Pantanal.
Ao lado do governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, e acompanhada por Simone Tebet, ministra do Orçamento e Planejamento, e Waldez Góes, ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Marina falou sobre os avanços no trabalho feito na região, mas manteve o tom de preocupação.
“Este é um momento que a gente pode até celebrar, mas temos que manter as nossas equipes mobilizadas. Mesmo agora quando temos 56% de um total de 55 incêndios já extintos e estarmos em processo de 40% que devem ser controlados e 4% que estamos combatendo”, destacou.
Estado de alerta mantido

O alerta de baixa umidade relativa do ar emitido pelo Inmet mantém a região em estado de alerta para a possibilidade de descontrole das queimadas que ainda estão ativas e o surgimento de novos focos de calor.
“Nós sabemos que, a partir do [próximo] final de semana, chegará uma onda de calor, com baixa da umidade relativa do ar, portanto, há risco de termos novos incêndios, então Corpo de Bombeiros, Ibama, ICMBio, temos que nos manter mobilizados para salvar o Pantanal, salvar a nossa biodiversidade e os nossos sistemas econômicos que estão sendo colapsados pela emergência climática”, acrescentou a ministra Marina Silva.
Parceria com o Governo Federal
As ministras já haviam visitado a região no final do mês de junho para acompanhar a situação dos incêndios no Pantanal, e na ocasião foi editada uma medida provisória, pelo Ministério do Planejamento abrindo um crédito extraordinário no valor de R$ 137 milhões para as ações dos ministérios do Meio Ambiente, da Defesa e de Segurança Pública no Pantanal, que se somam a outros R$ 100 milhões recompostos do orçamento do Meio Ambiente.
Outra medida provisória permitiu a mudança no modelo e prazo de contratação de brigadistas, antes restrito a seis meses. O Governo Federal, por meio do ICMBio e Ibama enviou ainda quatro aviões para auxiliar no combate aos incêndios. Durante a visita, Marina Silva destacou ainda que o Governo tem trabalhado com a prevenção dos incêndios, o que contribui para minimizar os efeitos da estiagem e queimadas.
Incêndios já duram 10 meses
Segundo o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), o incêndio atual no Parque Nacional teve causa natural, por raio, e foi originado em outubro do ano passado.
Apesar do controle das chamas na superfície ter ocorrido ainda em 2023, o incêndio de manteve adormecido no subsolo, um fenômeno conhecido como “fogo subterrâneo”.
O processo é considerado natural do bioma e ocorre devido ao acúmulo de matéria orgânica altamente inflamável. Ainda segundo o ICMBio, com o avanço do tempo seco a partir dos meses de maio e junho deste ano, o fogo passou a atingir o leito seco dos corixos, por onde tem se propagado. Somente neste ano, a estimativa é de que o fogo tenha atingido mais de 12 mil hectares do parque nacional.
*Este conteúdo segue os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 13 – Ação Global Contra a Mudança do Clima.
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