Foto: Pexels

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Todas as atividades em feiras, shoppings, galerias e polos comerciais serão suspensas a partir de quinta-feira (19). A lista inclui ainda cinemas, clubes, academias, bares, restaurantes, boates, teatros, casas de espetáculos e clínicas de estéticas. Quais são os perigos que as pessoas correm ao frequentar esses lugares neste momento de pandemia? A médica infectologista, Marina Roriz, concedeu uma entrevista ao Manhã Sagres nesta quarta-feira (18) e respondeu a essa e outras perguntas. Confira os riscos que você corre a frequentar lugares com aglomerações:

Qual a importância em fechar bares, restaurantes, escolas e shoppings neste momento?

Conforme a doutora Marina Roriz, esses locais ocasionam um contato muito próximo entre as pessoas, o que pode facilitar a transmissão do vírus.

As academias são fontes de contaminações?

No geral, as academias são ambientes fechados e as pessoas têm um contato muito próximo. Outro ponto é que, geralmente, os frequentadores não deixam de ir para a academia quando tem sintomas leves de gripe. Segundo a doutora Marina Roriz, isso pode ser uma fonte de disseminação da doença.

Há risco de contaminação nas piscinas?

A disseminação na água não é grande, por isso, se você tiver uma piscina em casa, não há problemas em compartilhá-la com as pessoas da mesma casa. Claro, se ninguém estiver em quarentena. Já as piscinas de clubes e condomínios, a infectologista alerta que devem ser evitadas.

Ainda sobre piscinas, o cloro mata o vírus?

Marina Roriz explica que o cloro tem um poder antimicrobiano, mas dentro das piscinas é inevitável o contato entre as pessoas. Por isso, o risco de usar piscinas existe.

Quais as recomendações para as pessoas que não podem ficar de quarentena em casa e precisam sair para trabalhar?

Manter distância de, pelo menos, um ou dois metros das outras pessoas é a primeira dica da médica infectologista. Mas também deve-se evitar cumprimentos como aperto de mão e beijo, além de usar álcool em gel sempre que não tiver sabão e água disponível. Outra dica é evitar tocar os olhos, nariz e boca. A doutora ressalta que não é necessário o uso de álcool gel em casa. Nesses casos é indicado lavar bem as mãos.

Com nove casos já confirmados do coronavírus em Goiás, a tendência agora é de aumentar os números de casos?

O aumento existirá de qualquer jeito. Uma pessoa pode contaminar até três outras pessoas, conforme explica Marina Roriz. Com isso, os casos graves vão aparecer, mas em Goiás nenhum caso ainda é considerado gravíssimo. Muitos estão em UTI por precaução.

Não estão sendo feitos os números de exames necessário para controle da doença. Isso significa que pessoas estão andando contaminadas e não sabem. Isso aumenta o risco de contaminação?

Quanto mais pessoas estiverem circulando, maior o risco de transmissão. Por isso, a infectologista destaca que é necessário a consciência da população. As vezes a pessoa está com dores no corpo e mal estar e pensa que não é nada, mas ela já pode estar contaminada com a doença.

Com quais sintomas a pessoa deve procurar a ajuda médica?

Febre prolongada por mais de 48 horas, falta de ar e se depois de dois dias a pessoa não sentir uma melhora.

Posso pedir o exame por curiosidade?

O Estado tem uma quantidade limitada de kits para fazer o teste do coronavírus, inclusive uma quantidade limitada de laboratórios que produzem esses kits. Por isso é importante o uso consciente dos exames, pontua Marina Roriz.

Existe um protocolo definido para o tratamento do coronavírus?

Ainda não existe um medicamento específico em forma de protocolo para ser utilizado. Mas pesquisadores já trabalham em medicamentos direcionados a doença.

O tratamento é menos eficaz com a falta desse protocolo?

Nos casos mais graves o que dificulta o tratamento é a falta de ventiladores hospitalares, oxigênio e cuidado médico. Mas para os quadros leves a falta de protocolo não assusta.

Se a pessoa não tem histórico de viagem, mas está com os sintomas, pode procurar o exame?

Em Goiás ainda não existem casos de transmissão comunitária, mas se é o caso de uma pessoa que está com dificuldade para respirar, sendo coronavírus ou não, ela deve procurar o atendimento médico.

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