A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira livrou governadores e parlamentares da quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico e de serem convocados a explicar suas relações com Carlinhos Cachoeira.

A empreiteira Delta, apontada pela Polícia Federal como braço financeiro do esquema, também não terá seus sigilos quebrados nacionalmente, por falta de indícios, no entendimento da maioria da comissão.

A CPI livrou ainda da investigação o presidente licenciado da empreiteira, Fernando Cavendish.
Os deputados e senadores aprovaram apenas a quebra do sigilo da empresa Delta na região centro-oeste, além dos sigilos de pessoas sem foro privilegiado que assessoravam Cachoeira e já foram investigadas pela Polícia Federal.

A votação foi orquestrada pelo pt e pmdb, que comandam a CPI, e contou com ajuda da oposição.

O relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), sequer colocou em votação os requerimentos acerca dos governadores e da Delta nacionalmente.

Esses requerimentos só devem constar na pauta da CPI no dia 5 de junho.

O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Fernando Franceschini (PSDB-PR), da oposição, apoiaram a proposta de adiar a discussão.

Uma acordão teria sido feito entre caciques do PT, PMDB e PSDB para poupar os governadores Marconi Perillo (PSDB-GO), Agnelo Queiroz (PT-DF) E Sérgio Cabral (PMDB-RJ).

No pacote dos governistas entrou ainda a preservação da Delta nacionalmente, que tem obras com o Governo Federal.

Contudo o relator e deputados do PT e PMDB negam um acordão para poupar alguns das investigações.

A votação desta quinta-feira praticamente sepulta a CPI.

As investigações devem ficar restritas ao que já foi apurado pela Polícia Federal sobre os membros do grupo de Cachoeira sem avançar para os pontos não apurados pela Polícia Federal, até o momento, por envolverem políticos, que têm direito ao foro privilegiado.

A Polícia Federal também não investigou a Delta porque seu trabalho era voltado para Cachoeira.

Com informações da Folha de São Paulo.