Após despencarem nos primeiros três meses de quarentena no Brasil, os divórcios consensuais em cartórios aumentaram 54% entre maio e julho deste ano, segundo levantamento do colégio notarial do Brasil.

Com o isolamento social, as relações ganharam novos desafios, decorrentes de uma convivência mais intensa. Para falar do assunto, em entrevista ao Sagres Em Tom Maior, o psicólogo e Presidente do Conselho Regional de Psicologia, Wadson Arantes Gama destacou que cotidiano antes da pandemia era muito diferente é importante refletir sobre as mudanças que o isolamento social proporcionou.

É muito importante nós fazermos uma reflexão sobre tudo isso que está acontecendo, eu sempre digo que nós estamos em uma mesma tempestade, mas navegando em barcos diferentes. Então antes da pandemia, nós já estávamos na vida diária, e muitas vezes sem estar atento as nossas relações, porque vivemos em uma sociedade muito automática, ficamos sempre terceirizando e colocando a responsabilidade no outro, afirmou.

De repente você tem um probleminha com seu esposo ou com seu namorado no horário do café, mas você relevava e ia para o trabalho, à noite você nem lembrava mais disso. Mas com questão da pandemia, principalmente nos primeiros quatro meses em que ficamos em distanciamento real mesmo, começaram a aparecer esses fantasmas que já estavam a muito tempo dentro da relação, e com a rotina, as pessoas não percebiam, explicou.

Wadson também salientou que a convivência diária com os filhos dentro de casa contribui para esse choque de realidade, a partir o momento em que as pessoas não podem procurar outro caminhos para ter uma válvula de escapa na relações.

De acordo com psicólogo a convivência diária dentro de casa, só trouxe à tona problemas que existiam antes da pandemia e do isolamento social, muitos vezes por conta da falta de diálogo entre os casais. Wadson ressalta que os casais precisam conversar e resolver o que está incomodando, fortalecer a relação.

Assista a íntegra da entrevista com Wadson Arantes Gama, no STM #146