Goiânia completa nesta segunda-feira, 24 de outubro, 89 anos de emancipação. Ao longo de quase nove décadas de história, a capital goiana passou por muitas mudanças, mas algumas belezas da maior cidade do estado continuam vibrantes. Muitas delas estão exatamente em uma região que carrega um dos maiores acervos culturais do município: o Centro. E dá para visitar tudo em um só dia, basta se programar.

Bosque dos Buritis

Trata-se da área de preservação ambiental mais antiga de Goiânia, presente desde o projeto inicial de construção da capital. O parque também é uma das unidades com maior riqueza de fauna na cidade, abrigando centenas de espécies de animais silvestres.

Além da exuberância da natureza que reúne todas as características de uma das zonas de frescor da capital, o Bosque dos Buritis abriga o Museu de Arte de Goiânia (MAG), o primeiro museu de arte do Centro-Oeste. No MAG são realizadas exposições temporárias e permanentes, com mais de 700 obras de arte nas categorias: pintura, desenho, gravura, escultura, objeto e arte popular. Fica bem ao lado do Centro Livre de Artes (CLA).

Tartaruga no Bosque dos Buritis (Foto: Prefeitura de Goiânia)

Praça Cívica

A cinco minutos do Bosque dos Buritis, passando pela Avenida Dona Gercina Borges Teixeira, onde se localiza o Museu Pedro Ludovico Teixeira, antiga casa do responsável pela construção de Goiânia, a Praça Cívica é tida por muitos como o principal cartão postal do município. Fica bem no Centro da cidade, ao lado da Catedral Metropolitana.

Foto: Divulgação Prefeitura de Goiânia

Projetada pelo engenheiro-arquiteto, urbanista e paisagista brasileiro Attilio Corrêa Lima, o local abriga o Palácio das Esmeraldas – onde reside o governador do Estado -, o Centro Administrativo, o Museu Zoroastro Artiaga, o Museu da Imagem e do Som, e, bem no meio, o famoso Monumento Às Três Raças. Criado em 1968 pela artista plástica Neusa Moraes, o monumento simboliza a miscigenação entre negros, brancos e indígenas, que houve e há na formação das características genéticas e culturais do povo goiano.

Também é possível contemplar obras como o monumento a Pedro Ludovico Teixeira, que dá nome à praça, o espelho d’água e o Monumento a Todos Nós, obra do artista plástico goiano Siron Franco que ilustra a paisagem da Praça Cívica, no Centro de Goiânia, desde 2015.

Almoço

Não faltam restaurantes no Centro de Goiânia para todos os gostos. Mas se a pedida for um ”almoço lanche” em um local charmoso e que respira a história de Goiânia, o Mercado Central precisa estar no roteiro.

Empada goiana no Mercado Central da Rua 3 (Foto: Instagram/@mercadocentraldegoianiaoficial)

No local é possível saborear a famosa empada goiana ou o empadão goiano, se deliciar com um pastel quentinho, frito na hora, e experimentar o tradicional requeijão goiano, entre outra opções.

Artesanatos, doces, queijos, comidas típicas, casas de carnes, especiarias, farinha, polvilho, rapadura, castanhas, tabacarias, panelas, raízes, ufa! Dá para encontrar tudo isso em um único lugar. Um histórico cantinho goiano no coração da capital. Está localizado na Rua 3, número 322.

Avenidas Goiás e Tocantins

Declarada patrimônio nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no ano de 2004, a Avenida Goiás é uma das vias que irradiam da Praça Cívica e abrigam um dos maiores acervos Art Déco da capital, a começar pelo Coreto e pela Torre do Relógio, logo no início. ”Podemos ser os primeiros em Art Déco no mundo, perdemos apenas para Miami [nos Estados Unidos]”, afirma o secretário municipal de Cultura, Zander Fábio.

Também na Avenida Goiás, no Setor Central, se localizam o Grande Hotel e o Monumento ao Bandeirante, no cruzamento com a Avenida Anhanguera.

Grande Hotel, um dos símbolos da art déco em Goiânia (Foto: Divulgação)

Já na Avenida Tocantins com a Anhanguera, é praticamente obrigatória uma parada para contemplar o Teatro Goiânia. Inaugurado em 14 de julho de 1942, trata-se do mais tradicional espaço cultural de Goiânia. Com forma de nave espacial, o prédio foi um dos primeiros da nova capital. O auditório tem capacidade para 850 pessoas.

É um dos principais espaços de apresentação de dança, teatro e música erudita e popular da cidade, tendo sido declarado Patrimônio Nacional em 2003. Logo atrás do prédio, na Rua 3, fica a Vila Cultural Cora Coralina, onde também são realizadas atividades culturais e exposições.

Ao final da Avenida Goiás, é hora de parar para descansar na Praça do Trabalhador, onde fica a belíssima antiga Estação Ferroviária da capital. O local sedia shows e eventos culturais e ainda abriga o Museu Frei Confaloni, no Centro Cultural Estação Cultura.

Restaurado em 2019, a Estação abriga painéis e peças de Frei Confaloni, um dos mais importantes nomes do campo das artes plásticas que se formou no país nos anos 1950. 

Foto: Samuel Straioto/Sangres Online

Lanche e cultura

Ao deixar a Praça do Trabalhador, que tal uma parada para um delicioso lanche no Mercado Municipal da 74? Um dos pontos mais tradicionais do Centro da cidade, o local recebe vários eventos culturais e abriga os famosos barzinhos que oferecem petiscos, cervejas e cachaças artesanais. Parece bem um mercadão onde é possível encontrar de tudo, desde presentes até um biscoito de queijo ou um pastel quentinho que dá água na boca só de pensar.

O Mercado da 74 funciona tanto de dia, para almoço e lanches, quanto à noite, com apresentações musicais de bandas goianas. Além disso, em datas festivas, o local ainda oferece experiências personalizadas, como Festa de São João.

Foto: Instagram/@mercado74oficial

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