No Debate Super Sábado de hoje (14), Gustavo Assunção, Flávio Roberto de Castro e Marina Roriz Pedrosa (Fotos: Johann Germano/Sagres On)

Desde a última quinta-feira (12), quando os primeiros casos do novo coronavírus foram confirmados em Goiás, o número já chegou a quatro registros. O Debate Super Sábado (14) desta semana discutiu as medidas de prevenção contra o Covid-19. Um dos locais de maior preocupação, por conta da aglomeração de pessoas, é o ambiente escolar.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia, Flávio Roberto de Castro, um dos principais obstáculos para o enfrentamento do vírus são as notícias falsas, as famosas fake news.

“É preciso combater, sistematicamente, as notícias falsas. Estamos gastando muito do nosso tempo para desmentir ou tratar de situações que não existem. De quinta para sexta-feira, eu não dormi”, relata.

Uma medida adotada pelo governo do Estado foi o decreto emergencial suspendendo eventos e até a visita a presos do sistema penitenciário. Sobre a educação, o documento diz que as aulas em escolas públicas ou privadas podem ser suspensas conforme critérios epidemiológicos e assistenciais determinados pela autoridade sanitária. O cenário, segundo Flávio Castro, preocupa pais e responsáveis pelos alunos.

“Há muita especulação a respeito de se deve parar as aulas ou não. Nesse momento, estamos seguindo a orientação do governo estadual em torno de trabalhar com a prevenção e a explicação para os alunos. Os professores têm sido os colaboradores que estão tratando com os alunos a questão da prevenção”, explica.

Aliada às fake news, está a falta de respeito com quem lida diária e diretamente com os serviços de saúde. O superintendente de Atenção à Saúde de Aparecida de Goiânia, Gustavo Assunção, diz que os profissionais do setor vem passando constantemente por capacitação para atendimento e prevenção do coronavírus, e pede que a população respeite os servidores da saúde.

“A máscara é indicada para pessoa que está sintomática. Lave as mãos, porque esse é o melhor cenário que a gente tem. Muitas pessoas procuram nossas unidades de saúde e já chegam cobrando ‘eu quero máscara, eu quero máscara’. Os nossos profissionais estão totalmente preparados, o Brasil pode se orgulhar disso. Estamos fazendo a capacitação diuturnamente. A gente teve casos de técnicos de enfermagem e médicos sendo agredidos por isso. É dada a explicação, e as pessoas não aceitam”, desabafa.

As máscaras devem ser utilizadas apenas profissionais da saúde e para quem apresenta os sintomas. Lavar bem as mãos com sabonete e utilizar o álcool gel 70% é essencial para evitar a contaminação. Apesar disso, médica infectologista Marina Roriz Pedrosa chama a atenção para a transmissibilidade do covid-19, e compara com uma outra realidade brasileira, o sarampo, cuja campanha de vacinação não atingiu a meta esse ano, segundo o Ministério da Saúde.

“O sarampo, uma pessoa é capaz de contaminar 18 outras. Então a gente tem que ficar muito atento e pensar muito nesse momento no senso coletivo. As pessoas que não estão com sintomas, não ficar sobrecarregando o sistema de saúde. As pessoas que estão sintomáticas, fiquem em casa. Todo o cuidado em não visitar idosos, não visitar pessoas doentes”, recomenda.

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