O advogado de defesa do padre Robson de Oliveira, Pedro Paulo de Medeiros, disse à Sagres 730 nesta terça-feira (8), que aguarda o Superior Tribunal de Justiça confirmar a decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás de arquivar as investigações contra a Afipe. “O Tribunal de Justiça, disse por unanimidade que não há nada errado na Afipe. Então, veio o Ministério Público, e dessa decisão, recorreu ao Superior Tribunal de Justiça”, disse.

A denúncia do Ministério Público foi possível após o o desembargador Walter Carlos Lemes, que preside o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), suspender o trancamento do processo de investigação, deferida na última sexta-feira (4). “O Tribunal de Justiça de Goiás concedeu ao Ministério Público a permissão para continuar a investigação, até que o Superior Tribunal de Justiça confirme ou não, a decisão do Tribunal de Justiça de Goiás que arquivou as investigações”, detalhou o advogado.

Pedro Paulo afirmou que todo esse processo é uma questão de orgulho para o Ministério Público e só está gerando desgaste da figura pública do padre Robson de Oliveira. “Então eu tenho uma decisão do Tribunal de Justiça de Goiás que diz que não tem nada errado. Isso vai ser submetido ao Superior Tribunal de Justiça que certamente vai confirmar e dizer que não tem nada errado”, ressaltou. “Na verdade isso é mais uma questão de orgulho para o Ministério Público e dizer que fez alguma coisa […] Portanto, nada de novo há, é só uma questão de desgaste da figura pública do padre”, completou.

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Entenda

O padre Robson de Oliveira Pereira e mais 17 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) nesta segunda-feira (7) suspeitos de desviar recursos da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) provenientes de doações de fiéis da igreja católica em Trindade.

De acordo com a denúncia, o padre Robson “exercia o comando da organização criminosa empresarial”, e que a “orcrim” era “estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, destinada à obtenção de vantagem (inclusive pecuniária) mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas são superiores a quatro anos, em prejuízo das AFIPEs”.

Confira a denúncia do Ministério Público

A nova denúncia só foi possível graças à suspensão do trancamento do processo de investigação, deferida pelo desembargador Walter Carlos Lemes na última sexta-feira (4), que preside o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO).