Pela falta de vagas na Casa de Prisão Provisória (CPP) de Aparecida de Goiânia, as Delegacias do Estado e principalmente na região metropolitana de Goiânia são obrigadas a reter os presos que aguardam julgamento.

Esta situação causa ocorrências como a fuga de oito presos do 8º Distrito Policial de Goiânia neste último fim de semana (09 – 10) e também de 14 homens no 1º Distrito da capital.

O Delegado Regional de Goiânia, Sidney Costa, em entrevista ao repórter Rubens Salomão, para a RÁDIO 730, explica as condições em que vivem os presos nas Delegacias.

“São condições desumanas. Nem o nosso animal de estimação que está na nossa casa são tratados como esses presos são obrigados a viver na cela até em razão do acúmulo da grande massa de presos que temos”, relata.

Segundo ele, o ideal seria o preso ser autuado, ficar no máximo dois dias na Delegacia, e depois ser encaminhado ao Complexo Prisional.

De acordo com o Delegado Regional de Goiânia, enquanto não forem criadas novas vagas na CPP, problemas como os do 8º e do 1º DP’s vão continuar ocorrendo.

“O preso não tem outra opção se não a de fuga. É lamentável ter que admitir, mas infelizmente a situação é tão drástica, que enquanto não tivermos as vagas suficientes no sistema prisional, nós iremos dar esta entrevista e comentar a fuga de presos”, lamenta.

O Presidente da Agência Goiana do Sistema de Execução Penal, Edilson de Brito afirma que medidas estão sendo tomadas, e aponta quais são elas.

“Estamos recebendo uma obra de ampliação da Casa de Prisão Provisória, na ordem de 128 vagas, e deve amenizar sobremaneira a situação das Delegacias, além do mutirão carcerário que vai ocorrer dia 8 de agosto”.

O Estado de Goiás tem um déficit de mais de cinco mil vagas para detentos no Sistema Prisional. A população carcerária de 12 mil pessoas, mas só existem 6.700 vagas.