O Brasil recuperou em 2023 parte da cobertura vacinal que perdeu nos últimos anos. Apesar disso, a desinformação continua prejudicando a imunização e contribuindo para o retorno de doenças extintas no Brasil. A associação de notícias falsas com a baixa cobertura vacinal é a principal causa da situação, conforme explica a bióloga Nathália Pereira.
“Hoje, na internet, a gente vê um cenário em que toda vez que desponta uma campanha de vacinação, junto a ela vem uma chuva de desinformação, de fake news”, disse. Nathália é membro da União Pró-Vacina (UPVacina) e ajuda em atividades de combate à desinformação sobre vacinas.
Segurança nacional
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) é um importante órgão de segurança nacional. Pois contribui com a saúde coletiva da população e impede que doenças que podem ser evitadas ocorram em grande escala no país.
Há pouco tempo, por exemplo, sarampo e poliomielite não eram doenças que causavam preocupação da área médica, mas a baixa cobertura vacinal aumentou os casos das doenças em todas as regiões. A pediatra Jorgete Maria e Silva acredita que as pessoas relaxaram o combate contra essas doenças.
“As famílias não conseguem entender que isso foi alcançado por se manter um nível bom de imunidade na população, um percentual grande de pessoas imunes que realmente barraram a entrada dos vírus”, disse.
Informação contra a desinformação
Jorgete Maria e Silva aponta a divulgação de informação para combater a desinformação. “Nós, médicos, é que temos essa responsabilidade, devemos informar o paciente de tudo que ele precisa saber, para ele voltar a confiar e a acreditar na vacina”, disse.
A pediatra afirmou que os médicos são as primeiras pessoas da sociedade na divulgação correta de informações, pois podem acolher as pessoas que têm dúvidas sobre a vacinação.
*Com informações do Jornal da USP
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 3 – Saúde e Bem-estar.
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