Na última temporada do futebol brasileiro, 74 ocorrências de LGBTfobia foram identificadas dentro e fora de campo. Nesse sentido, houve um aumento de 76% de casos em comparação com 2021 nos estádios, nas redes sociais e na mídia.
É o que aponta estudo produzido pelo Coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQ+, grupo formado por torcidas de diversos clubes do Brasil e apoiado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Ademais, o relatório detectou 32 casos a mais em relação ao período anterior.
De acordo com Onã Rudá, fundador do coletivo, “são casos que se repetem toda semana, é uma luta complexa e desafiadora. Há clubes que já detectaram isso e trabalham o tema com seus jogadores, funcionários e torcedores, mas ainda é insuficiente. A LGBTfobia é um mal social que se alastra em todos os ambientes, em especial no futebol”.
Dia Mundial Contra a LGBTfobia
Em 17 de maio de 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS) removeu a homossexualidade do Código Internacional de Doenças (CID). Há três décadas, portanto, a data é celebrada como o Dia Internacional Contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia, ou simplesmente Dia Mundial Contra a LGBTfobia.
Na luta por maior conscientização sobre as violações dos direitos LGBT, diversos clubes brasileiros reforçaram a campanha. Por exemplo, o Fortaleza, bastante ativo nas lutas sociais, ironizou a utilização do termo ‘mimimi’ nas redes.
Além disso, Atlético Goianiense, Goiás e Vila Nova, principais representantes do futebol goiano no Campeonato Brasileiro, também celebraram a data.