As férias chegaram, com elas o Natal e o Ano Novo, e a criançada pode se divertir até enjoar. Mas quando se tem pais separados, como dividir o tempo entre pai e mãe sem ter problemas na Justiça e sem prejudicar psicologicamente os filhos?
Em entrevista ao Sagres em Tom Maior #163 desta terça-feira (15), a advogada especialista em Direito de Família, Daniele Faria, explica que, independentemente da situação dos pais, ainda que os filhos fiquem mais tempo com um ou com outro, as obrigações são iguais quando o assunto é guarda compartilhada.
“Mesmo que você não tenha essa moradia fixa com seu filho, não fique com ele por mais dias da semana que o outro pai, você não tem menos direitos nem menos deveres por conta disso. A guarda é compartilha, os direitos, deveres e obrigações são iguais”, afirma.
Segundo Daniele Faria, cada caso requer uma análise específica, e não há como estabelecer um tempo precisamente igual entre pai e mãe.
“Não tem como estabelecer um tempo precisamente igual entre os dois. O filho fica muito tempo em escola também, tem suas atividades, os pais estão em trabalhos diferentes, às vezes um trabalha e o outro não. Tudo depende muito da realidade daquela família. Cada caso concreto é um caso específico que precisa ser criteriosamente analisado de forma sempre a beneficiar o interesse do filho”, explica.
Daniele Faria acrescenta que o melhor mesmo, em quase todas as situações, é o diálogo e o bom senso. “Existe uma sentença, uma decisão, mas existe também uma boa comunicação entre os pais e os pais ajustam de alguma forma”, conclui.
Confira a entrevista a seguir no STM #163
