“Sei que este grupo está preparado e vamos fazer o impossível para classificar”. Com essas palavras o atacante argentino Churín resumiu o momento do Atlético Clube Goianiense antes da decisão desta quinta-feira (8) contra o São Paulo no Morumbi. No jogo que vale vaga para a finalíssima da Copa Sul-Americana contra o Independiente del Valle, do Equador, o Dragão tem vantagem, afinal venceu em Goiânia por 3 a 1 e pode perder por um gol de diferença que chega à final, marcada para o dia 1º de outubro, em Córdoba, na Argentina.

Em entrevista concedida na concentração atleticana em São Paulo, Churín comentou sobre várias questões que cercam a decisão de hoje. Claro que a eliminação para o Corinthians na Copa do Brasil com derrota por 4 a 1, após entrar em campo com a mesma vantagem de dois gols, foi lembrada, e que tal “apagão” não se repita.

“Esse jogo tem que servir de referência. Infelizmente naquele dia deu ruim, mas serviu como experiência. Agora estamos mais maduros para enfrentar esse jogo”, ressaltou Churín, que não consegue pensar na final em Córdoba.

“É difícil responder essa pergunta, porque trato de não pensar nisso. Trato de canalizar toda a minha energia no jogo contra o São Paulo, porque vamos precisar. Não podemos pensar além, devemos estar concentrados e focados. Combater cada bola como se fosse a última”, completou o capitão do Atlético nos jogos da Copa Sul-Americana. Aliás, mesmo com a faixa, sabe que exerce tal por causa do idioma, embora seja um dos mais experientes do elenco.

“O Marlon é o capitão. Ele que nos comanda. Quanto ao jogo, é o mais importante que temos até agora. Vamos falar do jogo da semifinal e depois seguir sonhando”.

E na rota da final, no jogo mais importante da história do Atlético, tem o confronto com outro centroavante argentino: Calleri. O camisa 9 tricolor é uma das apostas do time comandado por Rogério Ceni para tirar a vantagem rubro-negra. Com o sentimento de torcedor de lado, Churín brinca na comparação com o adversário.

“Vou torcer para mim. Torci para o Calleri, porque sou torcedor do Boca (Juniors) e gostei muito quando ele jogou lá. Temos a semelhança quanto ao jogo forte, físico, cabeçadas e gostamos de brigar com os zagueiros”, destacou o calmo Churín, que mostrou-se na defensiva em todas as perguntas da entrevista, no entanto, consciente do que o jogo desta noite no Morumbi significa para o Atlético.

“A vida se trata de experiência. E a experiência será fantástica. Vamos dar tudo para passar à final. Sei que este grupo está preparado e vamos fazer o impossível para classificar”.