Os “Debates Esportivos” desta sexta-feira, 22, foram especiais para a torcida do Vila Nova. O programa foi sediado no Estádio Onésio Brasileiro Alvarenga, que terá sua partida de reinauguração neste sábado, às 16h, quando o Tigrão encara o Ceará.

Para esta edição, foram convidados nomes importantes do clube. Além do presidente Guto Veronez, participaram também o conselheiro Wilson Balzacchi, o diretor de futebol Felipe Albuquerque e o treinador Guilherme Alves. Dentre os temas tratados, a reabertura do estádio foi a mais debatida e louvada por todos.

“Essa estreia do estádio é muito importante. Sem estrutura você não caminha no futebol hoje. O Vila tem essa condição. Tem seu centro de treinamento, estádio próprio, sede funcional. Essa estrutura funciona. O futuro do Vila eu acredito que seja a Série A do Brasileiro”, afirmou Guilherme Alves.

O otimismo não se restringe apenas ao treinador. O presidente Gutemberg Veronez também mostrou sua empolgação com o retorno à casa colorada. Para ele, a modernização do Vila, fatalmente, levará o clube à elite do Brasileirão. Mas o mandatário ressalta a importâmcia de contar com o apoio do torcedor.

“A nossa expectativa é que o Vila depois desse novo OBA cresça muito não só a nível de futebol e de estrutura. Mas depende muito de resultado. O Vila hoje depende muito da receita da bilheteria para fazer essas benfeitorias. Metade da verba da CBF é destinada para pagar encargos atuais, que não se pagava. A outra parte é utilizada na negociação de encargos passados”, destaca Guto.

Serra x OBA

Voltando ao OBA, o Tigrão deixará uma casa que acolhe os times goianos há longas décadas. Neste momento, a comparação com a velha casa é inevitável e, para o ex-presidente e conselheiro Wilson Balzacchi, a casa colorada é superior ao Serra Dourada em vários aspectos.

“Hoje o Onésio tem coisas melhores que o Serra. O Serra Dourada é um estádio extremamente defasado. É um museu. A única vantagem do Serra é a cobertura. Uma hora teremos a cobertura também”, ponderou.

O presidente do clube garantiu que, a partir de agora, o Tigrão utilizará o Onésio Brasileiro Alvarenga em todas as partidas. Guto Veronez também destacou o aspecto caldeirão do estádio vilanovense, fator que, para ele, não existe no Serra Dourada.

“Nós temos nossa casa para usar nossa casa. Nós vamos jogar aqui. Se você jogar dez vezes no Serra Dourada, o Ceará vai se sentir confortável todas as vezes. Manda jogar aqui para ver se não vão querer ir para outro estádio. A pressão é aqui é grande. Esse é nosso diferencial para que o Vila, nos próximos anos, consiga esse sonho de jogar a Série A”, opinou.

Expectativa e elenco

Também presente nos “Debates Esportivos”, o diretor de futebol do clube Felipe Albuquerque, falou sobre contratações e deixou claro que novos atletas só chegarão ao clube caso haja alguma lesão ou ocasiões inesperadas.

“A princípio não. O elenco está fechado e é com esse grupo que vamos disputar. Mas, pode ser que surja alguma eventualidade e tenhamos que alterar o percurso”, revelou o diretor.

Nesta semana de inauguração do OBA foi impossível conter a empolgação da torcida, que compareceu em grande número à um dos treinamentos colorados e demonstrou a animação com a volta para casa. Em campo, o treinador espera que os jogadores saibam lidar com a expectativa das arquibancadas, mas admite que é difícil ser alheio à este momento da história do Vila Nova.

“Não tem como evitar essa euforia. Não há como desligar essa chave do atleta. Tive uma conversa com o Robston em particular e depois com os atletas. Sabíamos que haveria esse oba-oba, mas que ficasse para a imprensa, os torcedores, para a cidade. Esse oba-oba não vai influenciar no jogo, tenho certeza. O que vai influenciar é o apoio da torcida”, afirmou Guilherme Alves.

O mandatário máximo do clube completou a participação no programa afirmando que, mais cedo ou mais tarde, o Tigrão conseguirá atingir o objetivo de disputar a elite nacional.

 “Isso faz parte de um projeto como um todo. Nos próximos três, quatro anos, o Vila estará na Série A, independente de quem seja o presidente. A própria estrutura e a torcida, farão com que isso aconteça”, finalizou Veronez.