A oscilação no futebol brasileiro é tão normal que o Goiás vem dando provas disso. O time iniciou muito bem a Série A, teve o momento de queda após a parada da Copa do Mundo, mas outra vez engata um bom momento, sempre no comando do técnico Ricardo Drubscky. E talvez seja justamente por essa continuidade que o time conseguiu dar a volta por cima.

No desembarque da delegação esmeraldina após a vitória por 1 a 0 sobre o Flamengo na Arena Pantanal, Drubscky destacou a postura que a diretoria esmeraldina teve ao mantê-lo no comando técnico, mesmo após os resultados ruins obtidos em sequencia. O comandante acredita que o Goiás deu um exemplo ao futebol brasileiro de como acreditar no trabalho a longo prazo e que é preciso uma reflexão maior para atingir o cenário nacional.

“Isso é um assunto polêmico e de abrangência muito grande. Nós ainda estamos em pleno andamento da competição, o Goiás se mostrou grande na pessoa dos dirigentes que acreditaram no trabalho, o grupo de jogadores estavam respondendo, então as coisas estão acontecendo favoravelmente. Tem que haver uma reflexão em todos os setores do futebol para que mude alguma coisa, se ficar só nesse ponto, nesse momento do Goiás, pouca coisa faz ao nível de Brasil”, disse o treinador ao ser questionado pelo repórter André Rodrigues, da 730.

Foram seis derrotas seguidas acumuladas, o que fez Drubscky sofrer uma pressão da imprensa e também da torcida, que chegou a pedir a saída do treinador. Agora, depois de quatro jogos sem sentir o gosto amargo da derrota, o comandante se diz muito feliz por estar no Goiás, quer dar sequencia a boa fase e já pensa na próxima temporada, onde o Goiás pode estabelecer novas metas para ter um ano melhor.

“Eu tô feliz de estar aqui, eu quero fazer esse campeonato inteiro pra rever planos para a temporada seguinte, onde tenho certeza que as coisas hão de ser ainda melhores. Estou tranquilo, eu não guardo mágoa no coração, me sinto muito tranquilo e satisfeito de trabalhar no Goiás, que é um baita clube. Eu até abri a última palestra dizendo ‘quantos clubes brasileiros não queriam ter a estrutura que o Goiás tem?’ Outras dificuldades vão surgir, mas vamos ultrapassa-los”