A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia em Goiás (Asbai-GO) realiza, entre os dias 2 e 8 de abril, a Semana Mundial da Alergia 2017. O tema da campanha deste ano é: “A Agonia da urticária: o que fazer quando a coceira e os inchaços não vão embora?”.

Estima-se que cerca de 20% da população pode ter urticária em algum momento da vida. A doença atinge pessoas de ambos os sexos, em diferentes faixas etárias, do bebê ao idoso, e manifesta-se por meio de lesões avermelhadas na pele, que coçam muito. Podem ter tamanhos diferentes e até formar placas.

A presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia em Goiás (Asbai) e médica alergista, Lorena de Paula Ribeiro, em entrevista no quadro Saúde do programa Cidadania em Destaque desta segunda-feira (10), explica que as manchas podem desaparecer e reaparecer pelo corpo, como se estivessem se movimentando.

Confira a entrevista na íntegra

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“Geralmente estas manchas não duram mais que 24 horas no mesmo local, elas ficam como se estivessem andando pelo corpo, cada vez em um lugar diferente, e são muito pruriginosas. Além do incômodo visual, em que fica-se todo inchado, vermelho, a coceira, o prurido, são um diferencial muito ruim para o paciente”, afirma.

Os inchaços causados pela urticária podem ser mais comuns nas pálpebras, nos lábios, pés e genitália, além de provocarem dor ou queimação. Segundo a especialista, a principal predisposição para adquirir a doença é o fator genético.

“É a predisposição para ser alérgico, 20% da população mundial, um dia, terá urticária. Então não existe um determinante específico para isto, qualquer um de nós em qualquer momento pode ter uma alergia como esta”, descreve.

A urticária aguda dura menos tempo, no máximo seis semanas. É a mais frequente e ocorre principalmente nas crianças e adultos jovens. Já a do tipo crônica tem duração igual ou superior a seis semanas, e é mais comum em adultos.

As principais causas da urticária são:

– Alimentos (nas crianças: leite de vaca, ovo, amendoim e trigo; em adultos: camarão, frutos do mar, nozes e castanhas).

– Medicamentos (em especial: analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos).

– Infecções (causadas principalmente por vírus ou por bactérias).

Pode ser causada também por estímulos físicos como calor, frio, pressão, exposição ao sol e pode ser espontânea.

A doença é descoberta por meio de consulta médica especializada, com um alergista. O tratamento consiste na determinação dos possíveis agentes desencadeadores e prescrição de medicamentos para controle dos sintomas. Importante lembrar que a urticária não é contagiosa e nem é uma doença de cunho emocional.

Recomenda-se ao paciente em tratamento: manter a medicação continuamente, conforme orientação do alergista; manter a pele hidratada; evitar banhos demorados e quentes; usar roupas leves, com tecidos de algodão e malhas; procurar atividades de lazer para combater o stress