A voz de algumas presenças nos clubes de futebol sempre pesam, mesmo que eles se mantenham um pouco afastados do clube. No caso do Goiás, a voz da família Pinheiro sempre ganha os holofotes, e quando se trata de Edminho Pinheiro, conselheiro importante no clube, isso é ainda mais claro. Ele foi entrevistado pelo repórter Juliano Moreira, da RÁDIO 730, logo após a vitória esmeraldina por 4 a 1 sobre o Grêmio Anápolis, na Serrinha, com o mesmo tom sincero de sempre.

O conselheiro, que não está mais no dia a dia alviverde como em outras épocas, comentou por exemplo sobre a situação do goleiro Harlei, que tem feito revezamento com Edson e terá o fim de contrato com o Goiás neste ano. Edminho lembrou que ele mesmo fez a renovação do goleiro por duas temporadas, mas que Harlei sabia que esse tipo de situação poderia acontecer. De qualquer forma, Edminho não vê o goleiro em baixa por isso.

“Estar no banco do Goiás ou revezar no banco do Goiás não é demérito pra nenhum jogador, porque senão você não pode ter nenhum jogador no banco. Se não fosse pra acontecer isso, não teria renovado com ele e ficaria mais fácil e aí, tenho certeza que ele cumpriria outro papel no clube. Como torcedor, hoje, pelo que o Renan jogou no ano passado, eu não teria justificativa pra tirá-lo”

Harlei GOIÁSComo um ídolo deve deixar o clube no fim desse ano, outros poderiam surgir, talvez até da base do clube, o que não foi o caso de Harlei ou Araújo, outro que tem histórico no Alviverde. Um atleta que surgiu com promessa e não decolou foi Felipe Amorim, que voltou ao clube nesta temporada, mas ainda é perseguido por alguns torcedores. O América-MG chegou a pedir o empréstimo do jogador para liberar o lateral esquerdo Danilo, o que a diretoria não aceitou. Edminho segue essa linha.

 “Eu te digo que não emprestaria o Felipe Amorim nesse ano. Ele já esteve um ano fora e você não consegue, com uma pérola, ficar colocando em um mercado aqui, outro ali. Tem que pegar ele, a gente sabe que ele tem potencial e tem que insistir, a torcida ter paciência porque ele tem futuro, a gente sabe que ele tem futuro. Agora, tem que ter calma. Se ele errar e não tiver paciência com ele, aí é difícil. Eu sou anti-vaia, detesto vaiar jogador porque é um patrimônio nosso”

Mais do que falar sobre ídolo ou um jogador que está surgindo, Edminho também tinha de falar sobre o maior clássico do Centro-Oeste, Goiás e Vila, que acontece mais uma vez no domingo, às 17h, no Serra Dourada. O conselheiro mostrou respeito pelo arquirrival e até destacou que não existe um favorito, até pelo grupo do Goiás estar repleto de jovens, mas mesmo assim, não abre mão de vencer.

Róbston VILA leoiran“Jogar contra o Vila é jogar contra o Vila, eu sempre digo isso. Irônico eu seria se falasse o contrário, até porque, hoje, o Goiás não é favorito. O Goiás com esse time jovem, esse time novo, no ano passado eu diria que o Goiás era o favorito, mas clássico é clássico. O jogo contra o Vila é o mais difícil que o Goiás tem toda vez no Campeonato Goiano e assim vai ser eternamente. Não é porque é mais gosto, mas vencer o Vila é vencer um time de massa, de torcida, de camisa”

Por fim, Edminho falou sobre o amigo particular e cliente da Pinauto, sua concessionária de veículos: o volante Róbston. Curiosamente, Róbston destacou que o clássico não teria favoritos e que “o bicho ia pegar” no domingo. Edminho, que conhece bem o jogador, entende que o jogador tem a cara do Vila, mas revela que Róbston era um sonho e quase jogou no Goiás.

“Eu sou até amigo particular dele, ele é meu cliente, inclusive, a gente resenha muito lá, é um grande jogador. Foi um sonho, eu tentei contratar o Róbston e falo pra ele sempre ‘que pena, você não quis vir para o Goiás’, e ele fala ‘pois é, que burrice que eu fiz, né?’. Na época ele estava bem, foi quando ele foi para o Sport, tem um grande caráter, acredita a todo momento, é a cara do Vila Nova”