Sagres em OFF
Rubens Salomão

EDP Brasil aposta na expansão da Celg T e espera rentabilidade superior a dois dígitos

O presidente da EDP Brasil, João Marques da Cruz, afirmou que a companhia não pagou caro pela transmissora goiana Celg-T, arrematada por R$ 1,97 bilhão, um ágio de 80,10% ante o preço mínimo definido em edital. “Esse investimento terá uma rentabilidade superior a dois dígitos ao acionista. Achamos que é uma boa taxa para um ativo de transmissão. Os ativos de rede são de baixo risco”, avalia o diretor, durante coletiva de imprensa depois do leilão.

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A EDP Brasil venceu o leilão de privatização da transmissora com participação na concorrência por meio de sua controlada Pequena Central Hidrelétrica SL. A companhia de matriz portuguesa ofereceu R$ 1,97 bilhão pelo ativo, um ágio de 80,10% ante o preço mínimo. O valor ofertado pela EDP bateu outras três concorrentes na disputa. A Cymi Construções e Participações ofertou R$ 1,60 bilhão, ágio de 45,76%; a MEZ Energia deu um lance de R$ 1,53 bilhão, ágio de 39,84%; e a ISA Cteep ofereceu R$ 1,504 bilhão, ágio de 37,01%.

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O executivo João Marques da Cruz afirmou ainda que os cálculos realizados para chegar no lance dado no leilão levaram em conta todo o “know how” da companhia no setor de transmissão, além de potenciais sinergias. A EDP Brasil tem atualmente oito lotes de transmissão, que somam 1.924 quilômetros de linhas e receita anual permitida (RAP) de R$ 648,6 milhões (no ciclo atual de 2020–2021). “Queremos esse ativo para ficar por muitos anos. A Celg-T tem capacidade de expansão, vamos apostar nisso”, complementou.

Foto: João Marques da Cruz, presidente da EDP Brasil durante transmissão do leilão da Celg T. (Crédito: Reprodução)

Alfinetadas

O governador Ronaldo Caiado (DEM) comemorou o resultado do leilão e não perdeu a oportunidade de retomar críticas à gestão do PSDB, que concluiu a venda da Celg Distribuição em 2016, para a multinacional italiana Enel. “Com o valor que nós estamos vendendo a Celg T, quase dá para comprar duas vezes o que Estado recebeu com a Celg D na gestão passada. E sem levar um centavo de prejuízo para os cofres públicos”, tuitou.

Tecla repetida

“Se a Celg D tivesse sido bem administrada, isso mudaria os rumos da gestão fiscal e de investimentos que levariam benefícios diretos à população. Essa é a diferença de uma gestão que tem compromisso com todos os goianos e uma gestão que tinha compromisso com projetos pessoais”, finalizou Caiado.

Foto: Governo de Goiás

Lembra dessa?

No início do governo, quando Caiado estava em pé de guerra com a Enel Distribuição Goiás, o governador chegou a sugerir e abrir negociação para a troca da empresa na concessão em Goiás. A buscada para a empreitada foi, justamente, a portuguesa EDP, que mostrava interesse. Na prática, a ideia foi rejeitada pela Enel.

Confirmada

Vereadores de Aparecida de Goiânia aprovaram antecipação da eleição da mesa diretora em sessão realizada nesta quinta-feira (14). O projeto prevê renovação da mesa em sessão extraordinária a ser realizada após comunicação prévia de 24 horas. Além disso, estabelece a criação do Conselho de Ética a ser constituído por cinco vereadores, com três suplentes.

Reeleição

Assim como ocorreu na Assembleia Legislativa e na Câmara de Goiânia, a atual direção, com o presidente André Fortaleza (MDB), deve ser reconduzida para o biênio 2023/2024. A mudança no regimento interno teve 17 votos a favor e sete contra.

Foto: Plenário da Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia. (Crédito: Divulgação)

Proximidade

Deputados estaduais da base aliada na Assembleia Legislativa tiveram jantar com o Ronaldo Caiado, no Palácio das Esmeraldas, na noite de quarta-feira (13). A reuniãoteve a presença de 26 parlamentares, inclusive os ex-opositores Talles Barreto (PSDB) e Lucas Calil (PSD).

Cardápio

O governador ouviu pedidos dos aliados, com interesse no trabalho focado nas bases eleitorais, além de aflição dos parlamentares com relação à formação das chapas proporcionais no próximo ano. Os deputados cobram antecipação também das composições partidárias para definirem filiações e estruturar as campanhas à reeleição.

Foto: Plenário da Assembleia Legislativa de Goiás. (Crédito: Maykon Cardoso/Divulgação/Alego)

Combustível

Representantes dos governos estaduais avaliam entrar com ação conjunta para barrar mudança proposta em projeto sobre o ICMS cobrado sobre os combustíveis. A mudança, aprovada na Câmara dos Deputados que tem potencial para retirar R$ 24 bilhões dos cofres dos governadores. Secretários antecipam possível disputa jurídica no Supremo Tribunal Federal (STF) caso o projeto seja aprovado também no Senado.

Solução

Como alternativa, os secretários de Fazenda dos Estados avaliam a possibilidade de congelar por 60 dias o preço de referência usado para a cobrança do ICMS sobre os combustíveis. Também está na mesa de negociação a diminuição do número de vezes que o preço é alterado. Hoje, a frequência de atualização do preço é de 15 dias, o que retroalimenta a alta dos preços ao consumidor.

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