O ensino de tecnologia na Escola do Futuro de Goiás Luiz Rassi, em Aparecida de Goiânia, ajuda a transformar a educação e o destino dos alunos. O diretor Vinicius Seabra explicou que a escola é um projeto que surgiu numa parceria da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação com a Universidade Federal de Goiás.
“A proposta é levar tecnologia, gestão e um novo mercado de trabalho para as comunidades em estado de vulnerabilidade social, especialmente os jovens e as pessoas que têm o interesse de entrar no mercado de trabalho a partir dessa perspectiva de tecnologia”, disse.
O leque da unidade é extenso e prepara os estudantes para o mercado de trabalho tecnológico atual. “As Escolas do Futuro foram pensadas de maneira que a tecnologia perpasse tanto os cursos majoritariamente de tecnologia propriamente dito como desenvolvimento web mobile, por exemplo, lógica de programação, ciência de dados, entre outros, mas também de gestão”, apontou.
Assim, os alunos da EFG Luiz Rassi têm aulas também de funcionamento de empresas digitais, marketing e mídias sociais, além de cursos que integram tecnologia com inteligência artificial e outros recursos de tecnologia que melhoram a performance das empresas.
Desafios da tecnologia em sala de aula
A Escola do Futuro de Goiás Luiz Rassi é um exemplo de como solucionar o desafio de inserir a tecnologia na sala de aula. O processo requer estratégia e boas práticas da ferramenta na vida dos estudantes, que podem se destacar no mercado de trabalho.
O professor Estêvão Santos integra suas aulas com conteúdos de matemática, inglês, computação, bem como o desenvolvimento de robótica. “Tudo que eles fazem pode ter alguma utilidade na própria vida deles, seja fazer um carrinho autônomo, uma bengala para cegos ou um site para uma empresa de marketing”, disse.
Thalles Bruno também é professor na Escola do Futuro e observou a evolução dos alunos em outras matérias, que de certa forma são equivalentes à tecnologia.
“Temos observado uma excelente evolução na questão do ensino de matemática e em outras disciplinas que sempre envolvem a questão lógica. Então, o aluno começa a ter mais facilidade na compreensão de alguns conteúdos um pouco mais complexos devido a questão de sempre exercitar o aprendizado da lógica, da matemática e outros relacionados”, notou.
Oportunidade
O estudante Douglas Fernandes enalteceu o acolhimento das Escolas do Futuro às comunidades mais vulneráveis, pois a presença delas e a oferta dos cursos mudam a realidade de estudantes que antes não tinham acesso ao ensino tecnológico.
Assim como Douglas, a técnica do Laboratório de Inovação e Tecnologia, Maíla Aguiar, também ressaltou a importância de gerar oportunidades para os alunos que vivem em bairros periféricos e que possuem dificuldade de acesso ao ensino.
“Essa oportunidade é muito importante porque não basta apenas falar de tecnologia, temos que construir pontes. A partir do momento que eu tive uma oportunidade de aprender mais sobre tecnologia e mostrar que ali também era o meu lugar, eu pude ir em busca de uma universidade e de outros cursos. E a Escola do Futuro faz isso, ela te proporciona essa ponte e marca o início de conhecer tecnologia e se aprimorar”, destacou.
Mercado de trabalho
Fernando Lima é estudante e disse que conhecer os cursos da EFG Luiz Rassi o ajudou a construir a ponte para o trabalho que sempre quis na área técnica de TI. “A minha vontade é trabalhar com programação home office, no meu conforto, e a Escola do Futuro me ajuda porque ela cede os cursos”, afirmou.
As aulas também ajudam Kimberlly Vitoria que sonha em se formar na área de engenharia. “Ela [a EFG] trouxe muitas motivações para mim na área da robótica, que eu gosto muito, e eu aprendi coisas novas de empresas, de poder crescer na vida”, contou.
O diretor Vinicius Seabra elegeu a empregabilidade como o principal benefício da escola. Segundo ele, hoje há vários ex-alunos de cursos técnicos com bons empregos e ganhando bem em suas áreas de formação.
“A gente sempre diz que a perspectiva prioritária é fazer esses alunos que não tinham a perspectiva de ganhar bem ou de estar numa profissão desejável no mercado de trabalho do século XXI conseguirem isso, e hoje é real dentro das Escolas do Futuro”, apontou.
Destinos transformados
Na EFG Luiz Rassi a união entre tecnologia e educação está transformando o destino dos alunos. Para a estudante Eloá Oliveira, é uma oportunidade de futuro real.
“A Escola do Futuro nos prepara tanto para o mercado de trabalho como para um futuro realista onde nós vamos viver com a tecnologia em dia. Isso impactou na minha vida, pois eu estou sentindo a realidade de um futuro próximo”, disse. A visão da estudante mostra que o trabalho da escola tem sentido na vida dos alunos.
“A gente observa que a tecnologia efetivamente transforma a realidade de aprendizado dos alunos”, afirmou o diretor.
A gente consegue ter metodologias ativas, temos estratégias e recursos tecnológicos sendo utilizados dentro das aulas e isso favorece o processo de aprendizagem e captação do conteúdo por parte dos alunos. Então, a gente percebe hoje que a tecnologia é eficaz e transforma efetivamente a maneira de ensino dentro das Escolas do Futuro”, acrescentou.
Programa Educação
A segunda temporada do Educação está recheada de temas sobre a escola do presente. Ensino ambiental, financeiro, digital, antirracista, sexual e muito mais. Quer descobrir se as escolas do país estão preparadas para essas novas habilidades e o que os profissionais da educação já estão fazendo para transmiti-las? É só acessar o canal do Sistema Sagres no YouTube!
O projeto de inserção da tecnologia na Escola do Futuro de Goiás Luiz Rassi, em Aparecida de Goiânia, é um dos casos de sucesso educacional que o programa já apresentou nas suas duas temporadas.
Assista o programa temático sobre “educação tecnológica” na íntegra.
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 04 – Educação de Qualidade.
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